O JPN realizou uma série de entrevistas com representantes dos partidos com assento parlamentar que concorrem às Eleições Europeias de domingo. Os candidatos falaram sobre ambiente, migrações, crescimento económico, fundos europeus, emprego, defesa, guerra da Ucrânia, entre outros assuntos. Leia ou releia as entrevistas.

No próximo domingo (9), os portugueses vão às urnas para escolher os representantes de Portugal no Parlamento Europeu. A dois dias das Eleições Europeias 2024, parece ser ainda bastante incerto tentar prever qual será a configuração do Parlamento Europeu, dadas as sondagens que, apesar de reforçarem a ideia de que haverá uma maioria do bloco central, apontam para um crescimento da extrema-direita.

Os resultados destas eleições poderão também influenciar o modo como o bloco europeu vai olhar para temas-chave como a migração, o ambiente e a defesa. Para saber mais sobre os programas dos partidos com assento parlamentar na Assembleia da República sobre estes e outros assuntos, o JPN conversou com candidatos de sete dos oito partidos com assento parlamentar – o PS não encontrou disponibilidade de agenda para realizar a entrevista.

Os diferentes candidatos falaram sobre a necessidade de se reverem as políticas de migração, nomeadamente o Pacto das Migrações e Asilo da União Europeia, e de reforçar o compromisso europeu com o Ambiente. Durante as entrevistas, os representantes falaram ainda sobre defesa, apoio à Ucrânia, crescimento económico, aplicação dos fundos e o resultado que esperam conseguir nas Eleições Europeias 2024.

Clique no nome do candidato ou candidata para ler cada uma das entrevistas na íntegra. A lista segue a ordem de realização das entrevistas.

Catarina Martins (BE): “A Europa tem de parar de gastar milhares de milhões de euros onde não deve e investir em políticas de integração”

Catarina Martins, cabeça de lista do BE ao Parlamento Europeu. Foto: Bloco de Esquerda/Facebook

A ex-líder do Bloco de Esquerda vai ser, pela primeira vez, candidata do partido ao Parlamento Europeu. Catarina Martins defende que a UE precisa de melhorar as suas políticas de integração dos imigrantes. Em entrevista ao JPN, falou sobre clima, emprego, habitação e defesa.

Sandra Pereira (CDU): “A União Europeia não é o projeto de integração em que todos os países são iguais”

Sandra Pereira, cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu.

Sandra Pereira foi eleita, pela primeira vez, para o Parlamento Europeu em 2019. Este ano, concorre para a reeleição pela CDU. Em entrevista ao JPN, a número dois da lista garante que o partido não defende a saída nem da União Europeia nem do Euro, mas critica o projeto europeu. Salários, trabalho, guerra e migrações dominaram a conversa.

Francisco Paupério (Livre): “Acreditamos muito que podemos eleger dois eurodeputados”

Francisco Paupério, cabeça de lista do Livre ao Parlamento Europeu. Foto: D.R.

Francisco Paupério venceu as eleições primárias do partido e é o cabeça de lista do Livre nas eleições europeias. O candidato defende a atribuição de mais competências legislativas ao Parlamento Europeu e a criação de um Tribunal Europeu para o Ambiente. Em entrevista ao JPN, o candidato falou ainda sobre desinformação, interrupção voluntária da gravidez e emprego.

Paulo Cunha (AD): “A União Europeia deve aumentar a sua participação na NATO”

Paulo Cunha, número dois da lista da Aliança Democrática ao Parlamento Europeu. Foto: Aliança Democrática/Facebook

Paulo Cunha, vice-presidente do PSD, é o número dois da lista da AD às eleições europeias. O partido defende a criação de um Mercado Único de Defesa e uma maior participação dos países da UE e um maior investimento na NATO. Em entrevista ao JPN, falou também sobre a imigração, a aposta numa construção mais célere e mais barata de habitação e sobre políticas salariais.

Pedro Fidalgo Marques (PAN): “O PAN é o único partido que irá defender a proteção e bem-estar animal no Parlamento Europeu”

Pedro Fidalgo Marques, cabeça de lista do PAN ao Parlamento Europeu. Foto: Fábio Pinto/PAN

Pedro Fidalgo Marques é o cabeça de lista do PAN às eleições europeias. O candidato disse que é necessário incluir o Direito ao Ambiente na Carta dos Direitos Fundamentais da UE, bem como criar um Estatuto do Refugiado Climático e um comissário dedicado ao bem-estar animal. Em entrevista ao JPN, falou sobre o Pacto Ecológico Europeu, as políticas de migração da União Europeia, a guerra na Ucrânia e sobre as recentes manifestações de agricultores e de luta pelo clima.

Tiago Moreira de Sá (Chega): “Daremos absoluta prioridade à revogação do Pacto das Migrações e Asilo da União Europeia”

Tiago Moreira de Sá, número dois da lista do Chega ao Parlamento Europeu. Foto: Chega/Facebook

Tiago Moreira de Sá, ex-deputado do PSD, aceitou ser candidato pelo Chega nas eleições europeias por razões ideológicas e programáticas. O candidato disse que o partido, no âmbito das migrações, defende a suspensão, em Portugal, do acordo de mobilidade da CPLP. Em entrevista ao JPN, falou sobre soberania, o apoio à Guerra na Ucrânia e os resultados eleitorais que o partido espera alcançar.

Ana Martins (IL): “Mais do que campeã da regulação, a União Europeia tem de voltar a ser campeã da inovação”

Ana Martins, número dois da lista da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu. Foto: D.R.

Ana Martins é candidata da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu. Ao JPN, a número dois da lista criticou a forma como são atribuídos os fundos europeus – as origens açorianas servem-lhe de base para a argumentação -, falou sobre a desburocratização da Europa, o crescimento económico associado à sustentabilidade ambiental, o combate à pobreza e também sobre os conflitos na Ucrânia e na Palestina.