As seleções nacionais universitárias de futsal estão na China a disputar os campeonatos do mundo. A seleção feminina continua a sonhar com a renovação do título, já a equipa masculina caiu, esta sexta-feira, nos quartos de final diante da Croácia e tem agora na mira o 5.º lugar. Seja como for, Portugal sairá de Shangai com a maior goleada da história da competição. O JPN falou com Ricardo Marques, estudante da FLUP, sobre os 65-0 dados aos Emirados Árabes Unidos.

Estudantes portuguesas mantém intacto o sonho de renovarem o título de campeãs do mundo. Foto: FADU

Depois de uma fase de grupos 100% vitoriosa, com direito à maior goleada da história da competição, a seleção nacional universitária de futsal masculino perdeu, esta sexta-feira (14), por 4-1 diante da Croácia nos quartos de final do Mundial Universitário de Futsal, que está a decorrer em Xangai, na China.

Depois do terceiro lugar conquistado há dois anos em Braga, à equipa treinada por José Luís Mendes resta agora lutar pelo quinto lugar da prova, num encontro que vai decorrer amanhã, sábado (15), diante de Marrocos, o primeiro adversário dos portugueses nesta competição.

Portugal entrou no campeonato a vencer Marrocos por 8-3. Seguiu-se a goleada por 65-0 diante dos Emirados Árabes Unidos, na terça-feira, um resultado que fica para a história como a maior goleada da história da prova, a segunda maior do Guiness e a maior vitória de Portugal na história da modalidade. Uma vitória por 9-0 diante de Hong Kong fechou a fase de grupos.

Com a Croácia, contudo, e apesar das fragilidades defensivas que tinha sido identificadas pelo selecionador na antevisão da partida desta sexta-feira, foi a equipa dos Balcãs a sair por cima. Ao intervalo vencia por 4-0. O resultado final foi de 4-1. No final da derrota, apesar de tudo inesperada, o selecionador garantiu que a equipa vai continuar a “dignificar a camisola”. “Amanhã temos mais um jogo e queremos ganhar”, referiu o selecionador, em declarações registadas pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU).

Equipa feminina defende o título 

Mais auspiciosa é a trajetória da seleção nacional feminina. Como corolário de um percurso só com vitórias, diante da Polónia (5-1), da Nova Zelândia (7-1) e de Hong Kong (3-1), as estudantes portuguesas bateram, esta sexta-feira, a China, nas meias-finais. Frente à equipa da casa, Portugal venceu por 3-1 com dois golos de Bárbara Gama e um de Catarina Lopes.

Agora, vai à final com o Brasil, numa reedição do jogo decisivo de 2022, em Portugal, que foi ganho pela equipa nacional. Sobre este jogo, o selecionador Ricardo Vasconcelos prevê, em declarações à FADU, um encontro “muito equilibrado, muito competitivo”. “Mas nós estamos cá para nos preparar e dar o melhor por Portugal, pela FADU e pelo futsal feminino”, concluiu.

O jogo final está marcado para as 09h00 (hora de Portugal Continental) de domingo (16) e deverá ter transmissão no Canal 11.

Goleada histórica

Quem participou da goleada histórica de 65-0 diante dos Emirados Árabes Unidos foi Ricardo Marques, estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Ao JPN, numa conversa que precedeu o jogo desta sexta-feira diante da Croácia, o estudante da UP confessou que, ainda que a equipa já estivesse confiante quanto à vitória, “não acreditava que ia chegar aos 40” golos. Ao intervalo, 32 bolas já tinham chegado às redes da baliza adversária.

O jovem jogador de futsal afirma, em relação à seleção adversária, que “a maioria [dos jogadores dos Emirados] nunca tinha jogado futsal na vida, nem sabia as regras do futsal”. O estudante de Sociologia garante, contudo, que o jogo foi encarado com respeito: “o mister disse-nos que tínhamos de ser sinceros connosco mesmos e com o futsal”, referiu ao JPN.

O atleta do ADCR Caxinas Poça Barca, clube da primeira divisão nacional, antecipava que os compromissos que se seguiam para Portugal iam ser “mais equilibrados” e acreditava ser possível trazer o troféu para Portugal. A Croácia acabou por deitar por terra o sonho da equipa masculina.