Por causa das obras da Metro, este ano, não há divertimentos na Rotunda da Boavista. Câmara ainda ponderou instalar a roda gigante noutro local, mas concluiu que não seria viável fazê-lo.

Pela primeira vez em dez anos, os divertimentos de São João não estarão na rotunda da Boavista. Foto: João Malheiro/JPN

Já não há dúvida: a roda gigante, que costuma estar na rotunda da Boavista durante as celebrações de São João, não fará parte das festas deste ano. A informação foi confirmada esta segunda-feira (17) pela Ágora Porto ao JPN. As obras da Metro do Porto, nomeadamente a construção da futura Linha Rosa, impossibilitam a montagem dos divertimentos e espaços de restauração no local pela primeira vez desde 2014.

De acordo com fonte oficial da Ágora Porto, a montagem da roda gigante noutros locais do Porto não será possível “por questões de espaço”. Em maio, durante a apresentação do programa das festividades, Rui Moreira já tinha mencionado que a autarquia estava a avaliar alternativas para os empresários. Um artigo do “Jornal de Notícias” também realçava que a Metro do Porto estaria a tentar desimpedir os jardins da rotunda a tempo de receberem as atrações, algo que acabou por não acontecer pelos constrangimentos que se mantêm.

A 6 de junho, a Associação Portuguesa de Empresários de Diversão contava à Renascença que não estava satisfeita com as soluções sugeridas pela Câmara do Porto: “Enquanto associação, achamos esta solução de irmos para a Foz ou para as Fontainhas incorreta, visto que já se encontram lá outros colegas”. Na altura, a montagem da roda gigante noutro local estava ainda “a ser estudada”.

As celebrações de São João retornaram à rotunda da Boavista em 2014, no primeiro mandato de Rui Moreira, atual presidente da Câmara Municipal do Porto. Este ano, as diversões podem ser encontradas, como de habitual, na Alameda das Fontainhas, no Jardim do Calém e no Passeio Alegre. As festas de São João deste ano foram alvo de um investimento de 680 mil euros, com atuações de artistas como Ana Moura e Fernando Correia Marques, espalhadas pelos vários palcos da cidade.

Editado por Filipa Silva