O maior evento desportivo do mundo abre esta sexta-feira em Paris. Depois da aguardada cerimónia de abertura, que vai decorrer no rio Sena, virão as provas. Há 10.500 atletas escalados para participar em eventos de 32 modalidades.
A Torre Eyffel, símbolo de Paris, terá seguramente várias aparições nestes Jogos.
Cem anos depois de terem passado pela capital francesa, os Jogos Olímpicos de Verão regressam a Paris e têm esta sexta-feira (26) a sua cerimónia oficial de abertura. Tecnicamente, a competição já começou na quarta-feira, com o futebol, mas o espetáculo que marca o arranque oficial das Olimpíadas acontece hoje e terá a duração aproximada de quatro horas. Começa às 18h30 (hora de Portugal continental) e terá transmissão direta na RTP 1.
Como sempre, são poucos os pormenores conhecidos sobre a cerimónia, sempre muito aguardada, mas há um facto histórico já garantido: pela primeira vez, a cerimónia de abertura dos Jogos vai ser feita fora do estádio olímpico. O local central da cerimónia vai ser o rio Sena. Ao longo de cerca de 6 quilómetros do rio vão desfilar barcos com atletas e oficiais de todo o mundo.
É sabido, porque assim o disse o diretor artístico da cerimónia, Thomas Jolly, que o espetáculo vai “mostrar toda a diversidade da França”. Quanto aos 12 portadores finais da tocha que levarão a chama olímpica até ao caldeirão – instalado no Jardim das Tulherias – o presidente do Comité Organizador dos Jogos de Paris, o antigo canoísta Tony Estanguet, deixou escapar ao canal France 2 alguns dos nomes que vão integrar aquela que é apelidada de “estafeta dos lendários”: “Haverá muito belas surpresas nessa estafeta dos lendários. As maiores lendas do desporto internacional vão participar. Estou a pensar na Allyson Felix, na Nadia Comaneci, na Serena Williams, no Pau Gasol”, exemplificou o responsável. Já quem será o último do percurso, permanece o segredo.
No total, vão passar por Paris 10.500 atletas – 5.250 homens e 5.250 mulheres, facto também inédito – de mais de 200 países. Desportos são 32 e medalhas de ouro a distribuir 329. O evento prolonga-se até 11 de agosto.
O Stade de France, o complexo de Roland Garros ou o Parque dos Príncipes são alguns dos locais mais conhecidos a receber provas olímpicas. O primeiro vai ser o quartel-general da modalidade-rainha dos Jogos – o atletismo – e palco da cerimónia de encerramento. Do conjunto de instalações desportivas, os franceses construíram de raiz apenas duas: o centro aquático e um pavilhão onde vão decorrer as provas de badminton e ginástica rítmica.
O breaking vai ser a única modalidade em estreia no programa olímpico, do qual saiu o basebol e o karaté, das modalidades disputadas em Tóquio.
Portugal com 73 atletas em prova
Portugal seguiu para Paris com um contingente mais curto, relativamente às edições mais recentes dos Jogos (92 em Tóquio’20 e no Rio’16; 77 em Londres’12 e Pequim’08), facto que o chefe de missão portuguesa, Marco Alves, atribuiu, em declarações à Agência Lusa, à ausência de representação portuguesa em modalidades coletivas (Portugal participou, no Rio, no torneio olímpico de futebol e, em Tóquio, no de andebol).
No total, os atletas portugueses têm provas agendadas em 15 modalidades, sendo o atletismo, como é tradição, aquela que reúne mais gente (22). Pela primeira vez, Portugal apresenta-se nos Jogos Olímpicos com mais mulheres (37) do que homens (36).
Além do atletismo, haverá atletas lusos no breaking (1) – Vanessa Marina representa Portugal na edição de estreia desta modalidade em Jogos Olímpicos -, canoagem (4), ciclismo (7), equestre (5), ginástica (2), judo (7), natação (5), skate (2), surf (2) – curiosidade: a modalidade que vai ser disputada nas praias do Taiti, a maior ilha da Polinésia Francesa – ténis (2), ténis de mesa (5), tiro com armas de caça (1), triatlo (4) e vela (4).
Portugal chega a Paris depois de ter feito em Tóquio a sua participação mais medalhada de sempre: duas medalhas no triplo salto – Pedro Pichardo foi ouro e Patrícia Mamona foi prata -, e duas medalhas de bronze – de Jorge Fonseca, no judo, e Fernando Pimenta na canoagem. Vão todos estar em Paris a competir, com exceção de Patrícia Mamona, ausente por lesão.
Já este sábado, dia 27, entram em prova vários portugueses, a começar por Manuel Grave no dressage. Competem também Catarina Costa no judo; Nélson Oliveira e Rui Costa no contrarrelógio individual do ciclismo; Gustavo Ribeiro no skateboarding; Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot no surf; Nuno Borges e Francisco Cabral no ténis e ainda Marcos Freitas, Tiago Apolónia, Fu Yu e Jieni Shao no ténis de mesa.
Para os que quiserem acompanhar em detalhe os Jogos Olímpicos não faltam opções. Para os mais interessados na participação portuguesa, a RTP promete uma cobertura “exaustiva” do evento e o Comité Olímpico Português sugere a instalação de uma aplicação no telefone, através da qual é possível, por exemplo, receber notificações sobre os atletas favoritos.