Obras já arrancaram e implicam investimento de 500 mil euros. Para evitar o excesso de velocidade, serão instaladas lombas ao longo da rua.
Com um piso renovado em alcatrão, duas faixas num só sentido e uma via em linha reta, a Rua de Santos Pousada, no Porto, pode vir a revelar-se mais convidativa a excessos de velocidade, depois das obras de beneficiação de que está a ser alvo desde a semana passada.
A pensar nisso, o projeto da obra, a cargo da Câmara Municipal do Porto, através da empresa municipal GO Porto, contempla “medidas de acalmia de trânsito”, como lhe chamou o vereador com o pelouro do Urbanismo, Pedro Baganha, na reunião pública do Executivo desta segunda-feira.
Em resposta a um pedido de esclarecimento do vereador do PS, Tiago Barbosa Ribeiro, Pedro Baganha informou que “pelo menos uma passadeira” vai ser sobrelevada. Além disso, no troço que vai ser sujeito a obras – cerca de 850 metros entre a Constituição e a interseção com a Rua do Moreira, uma vez que daí em diante a rua já é asfaltada – vão ser colocadas lombas de redução de velocidade. A rua conta também com semáforos ao longo do seu percurso.
A Câmara vai investir cerca de meio milhão de euros na beneficiação da rua, que deverá estar em obras, pelo menos, nos próximos quatro meses. O velho paralelo de granito vai dar lugar a asfalto, com o objetivo de eliminar “covas, depressões e irregularidades e minimizando o ruído provocado pela circulação das viaturas”, esclarece o município no seu site oficial.
Sobre os constrangimentos causados pelas obras, Pedro Baganha defende que o projeto escolhido tem um impacto muito reduzido se comparado com um projeto anterior, apresentado pelas Águas do Porto, que implicava mexer nas infraestruturas do subsolo: “implicaria uma obra muito mais profunda e demoraria muito mais. Seria mais de um ano, seguramente”, referiu o vereador.
São também as muitas infraestruturas do subsolo que justificam, segundo o vereador, a impossibilidade de arborizar em contínuo aquele arruamento. Sobre este assunto, Pedro Baganha acrescentou, contudo, que “foi identificado um quarteirão, próximo do extremo Norte da via, junto à Constituição, onde vai ser possível aumentar a impermeabilização e colocar um canteiro contínuo. Não terá árvores, mas é compatível com um coberto vegetal”, afirmou na reunião.
A instalação desse canteiro tem dois grandes objetivos, segundo o autarca: “aumentar a infiltração natural da água e impedir o estacionamento abusivo.”
Tornar mais acessíveis os passeios aos peões também está entre os objetivos. O passeio do lado poente da rua vai sofrer um alargamento ligeiro junto à zona onde vai ser construída a já referida passadeira sobrelevada, a qual vai ficar entre a Rua do Monte Tadeu e a Travessa Anselmo Braancamp.