FC Porto venceu o Farense no Estádio do Dragão por duas bolas a uma na quinta jornada do campeonato. Os três golos foram na segunda parte da partida, do lado dos dragões da autoria de Galeno e de Samu Omorodion e do lado do Farense de Tomané. 

Samu marcou o golo decisivo para o FC orto. Foto: Twitter/FC Porto

O FC Porto venceu, este domingo (15), por 2-1, o Farense, no Estádio do Dragão. Este resultado coloca o FC Porto em segundo lugar do campeonato, com 12 pontos, os mesmos do Vitória de Guimarães, com quem joga na próxima jornada. O Farense mantém-se em último, na 18.ª posição, sendo a única equipa sem qualquer ponto. 

Apesar de sofrer um golo que empatou o jogo ao minuto 51, os dragões dominaram sempre o jogo e criaram mais oportunidades de golo do que o adversário. Quanto ao Farense, que ainda não conseguiu nenhum ponto desde o início do campeonato, pouco atacou a baliza dos azuis e brancos e protagonizou um jogo estático. 

Uma primeira parte dominada pelos dragões 

Num estádio quase lotado com 47.013 espectadores, a primeira parte foi, indubitavelmente, dominada pelo FC Porto com várias ameaças de golo e sem oportunidades significativas do lado do Farense. 

Vítor Bruno fez duas alterações no onze inicial da equipa com dois reforços dos dragões: Galeno subiu para o lugar de Vasco Sousa, tendo Francisco Moura ocupado o seu lugar, e Nehuén Pérez entrou de início para ocupar o lugar de Zé Pedro. 

Com apenas três minutos de jogo, é do lado do FC Porto que se realizou o primeiro ataque à baliza. Foi João Mário que recebeu um passe dentro da grande área, mas acabou por rematar ao poste direito de Ricardo Velho. 

Apenas um minuto depois, os dragões tentam, mais uma vez, colocar a bola dentro da baliza do Farense. Pepê passou a bola para Galeno que rematou por cima da barra. 

Ao minuto 12, Nico, do FC Porto, rematou dentro da área para o centro da baliza, mas a bola foi direta a Ricardo Velho. Otávio ganhou o ressalto e cabeceou novamente a bola que bateu no poste direito.  

Aos 15 minutos de jogo, Galeno foi quem tentou, pela segunda vez, o golo para os azuis e brancos. O número 13 do FC Porto fez um remate da grande área para o canto inferior direito da baliza do Farense, mas Ricardo Velho defendeu com segurança. 

Ainda do lado da equipa de Vítor Bruno, aos 18 minutos, Pepê rematou para o lado direito da baliza do Farense, mas o guarda-redes da equipa apareceu, mais uma vez, para impedir a finalização. 

Nico do FC Porto cabeceou à baliza do Farense, aos 35 minutos, para o lado inferior direito, mas Ricardo Velho defendeu a bola. 

A fechar a primeira parte, mais uma ameaça dos dragões: Iván Jaime fez um remate rasteiro para o lado esquerdo da baliza que acabou a ser defendido pelo guarda-redes do Farense. 

A equipa de Faro não teve qualquer oportunidade de golo nos primeiros 45 minutos da partida. As equipas recolheram aos balneários com o jogo empatado 0-0. 

Uma segunda parte decisiva para o FC Porto  

A segunda parte do jogo começou com um penálti para o FC Porto. Marco Moreno do Farense puxou a camisola de um jogador dos azuis e brancos, Galeno, e Nuno Almeida assinalou falta. Na conversão, Galeno rematou para o centro da baliza sem dar hipóteses de defesa a Ricardo Velho. O FC Porto colocava-se à frente do marcador aos 48 minutos.

No entanto, a vantagem durou pouco para o FC Porto. Ao minuto 51, Tomané conseguiu o empate, num lance que começou num lançamento lateral longo, ainda a partir do meio campo do Farense, que Otávio abordou de forma displicente. O n.º 9 dos visitantes aproveitou para irromper pela área do FC Porto e fazer o golo.

 Aos 57 minutos, Marco Moreno, do lado do Farense, rematou de dentro da grande área para a baliza azul e branca, no entanto a bola foi defendida por Diogo Costa com facilidade.  

Vítor Bruno decidiu fazer as duas primeiras substituições na equipa aos 64 minutos: Iván Jaime e Danny Namaso são substituídos, respetivamente, por Samu Omorodion e André Franco. 

Ao minuto 66, os azuis e brancos voltaram a tentar ganhar a vantagem, contudo, sem sucesso. Nico rematou de longe à baliza do Farense, mas a bola foi ao poste direito da baliza de Ricardo Velho. Apenas um minuto depois, Pepê recebeu um passe dentro da grande área e fez um remate que acabou nas mãos de Ricardo Velho. 

O técnico José Mota fazer a primeira substituição no Farense ao minuto 68: saiu Rafael Barbosa e entrou Alex Bermejo. 

Do lado dos dragões, já na casa dos 70, Galeno tentou em duas ocasiões fazer o golo. Na primeira fez um remate à baliza de Ricardo Velho, mas a bola saiu por cima da barra. Depois tentou do interior da grande área rematar à baliza, mas o guarda-redes estava lá para defender de forma segura.  

Foi ao minuto 75 que o FC Porto conseguiu a vantagem. Nico González recebeu a bola já dentro da área e serviu para Alan Varela que rematou à baliza, mas Ricardo Velho defendeu para a frente. Samu Omorodion recebeu o ressalto dentro da área e rematou para dentro da baliza sem dar hipótese de defesa ao guarda-redes dos algarvios.

O Farense fez ainda quatro substituições, mas o relógio bateu os 90 minutos e o árbitro do jogo, Nuno Almeida, anunciou seis minutos de tempo extra tendo o jogo sido monótono nesse tempo de compensação. A partida terminou no Estádio do Dragão com a vitória dos dragões sob o Farense por duas bolas a uma. 

Vítor Bruno: “Foi demasiado avassalador para aquilo que foi o resultado final”

Na conferência de imprensa, Vítor Bruno começou por afirmar que o FC Porto ganhou e da melhor forma: “Se alguém questiona a vitória do FC Porto hoje, é porque viu um jogo diferente”.

Apesar do resultado final ter dado o FC Porto como vencedor, o técnico dos dragões assumiu que falharam muitas oportunidades de golo: “Fomos avassaladores, completamente avassaladores, a primeira parte podia estar completamente fechada com três, quatro ou cinco a zero e não era favor nenhum”. No entanto, não retirou o mérito ao guarda-redes do Farense, Ricardo Velho, cuja exibição descreveu como “fenomenal”.

Para terminar, Vítor Bruno reiterou ser “quase ridículo falar de poder não ganhar eventualmente este jogo, porque foi demasiado avassalador para aquilo que foi o resultado final, em termos de números”. 

José Mota: “Se fosse para o Farense, nem penálti nem falta”

Na sala de imprensa, José Mota fez duras críticas à arbitragem, afirmando que “se fosse para o Farense, nem penálti nem falta” seriam marcados no lance que deu origem ao primeiro golo do FC Porto.

Na primeira parte do jogo, José Mota assumiu que “a equipa estava muito solidária e muito bem organizada defensivamente”, contudo, não conseguiu sair “com mais critério”. 

Além disso, o técnico da equipa de Faro afirmou saber a dificuldade que é defrontar o FC Porto que é “uma equipa que pressiona muito, nomeadamente no corredor central e tivemos bastante dificuldade em jogar um futebol mais apoiado”.

Sobre o guarda-redes da equipa, Ricardo Velho, que fez inúmeras defesas, o treinador afirmou que devia ir à Seleção: “merecia pelo seu desempenho, nem que fosse uma chamada para o motivar ainda mais”. 

O campeonato prossegue para o FC Porto no próximo sábado (21) em casa do Vitória SC. Depois da vitória vimaranense em Braga, adivinha-se um jogo quente no Estádio D. Afonso Henriques entre os atuais segundos classificados da Liga. Por sua parte, o Farense recebe o Arouca no próximo domingo.

Editado por Filipa Silva