No primeiro fim de semana do Baluarte – Exposição de Arte Urbana, além de música, dança, workshops e mercado de arte, foram inauguradas 14 obras de artistas urbanos, nacionais e internacionais, nas escadas do icónico parque de estacionamento. O JPN passou por lá.
Muita música, break dance, workshops de impressão em tote bags, street art e até a criação de um mural. Durante o último fim de semana, a programação do Baluarte – Exposição de Arte Urbana animou o sétimo andar do Silo Auto, no Porto. Além de assistir ou, nalguns casos, de participar nas atividades, os visitantes podem também apreciar as obras de 14 artistas urbanos, nacionais e internacionais, instaladas no vão dos sete lanços de escadas do icónico parque de estacionamento.
André Chiote, Arashida, Arisca, De.Poche, Fulvio Capurso, Hoje, Kruella D’Enfer, Mariana Malhão, Martinha Maia, Miguel Refresco, Padure, Serena Barbieri, Superlinox e 3Twins assinam os trabalhos – sobretudo murais, mas também instalações e esculturas -, que vão permanecer naquele local para lá da exposição.
“Ajuda a desmistificar a arte de rua, a informar e a aproximar as pessoas de um universo que muitas vezes elas vêm, consomem na rua, mas não conseguem estar próximas dos artistas”, começa por dizer a street artist Paula Rezende ao JPN sobre o Baluarte. “Não são todas as pessoas que vão ter vontade de vir ao evento. Quem vem tende a ser quem já curte. Mas, ao mesmo tempo, quem vê de fora as coisas a acontecer assim, e tendo apoio da Câmara, podem começar a olhar com outros olhos”, completa, antes de orientar no local um workshop de street art com técnica de spray e stickers gigantes.
Horas depois, decorria no mesmo corredor um workshop de impressão em tote bags, organizado pela Oficina Mescla, no qual os participantes, além de aprenderem a técnica de impressão, podiam criar e levar para casa uma lembrança personalizada feita pelos próprios. Em paralelo, o grupo de street dance FlyBoyz Crew agitava o evento com os seus ritmos eletrizantes.
Na tarde de sábado (12), houve também tempo e espaço para uma sessão de conversa, com a participação de Mura, MrKas e João Kendal, com moderação de António Oliveira. A conversa teve como fio condutor o Catálogo Baluarte 2023 e como, na opinião dos intervenientes, o programa proporcionou um novo olhar sobre a arte urbana no Porto. A edição de estreia do Baluarte passou, no ano passado, pelo Quartel do Monte Pedral, onde MrKaz fez a primeira versão do mural de homenagem a José Alves, mais conhecido no Porto como o “Senhor Batatinha”, que depois viria a pintar também na Foz, como lembrou Catarina Araújo, presidente da Ágora, na abertura da conversa.
Já no domingo (13), além de mercados com produtos locais e outros ligados à arte urbana, que estiveram em funcionamento durante todo o dia, o artista Oaktree conduziu um workshop de pintura, onde os participantes colaboraram na criação de um mural de grandes dimensões, realizado ao longo de três horas.
Mas a programação não para por aqui. No próximo fim de semana, sábado (19) e domingo (20), o Baluarte continua com mais atividades. No dia 19, das 10h30 às 12h30, DUB conduzirá um workshop sobre criação de personagens. À tarde, das 14h00 às 20h00, a Oficina Mescla ensinará técnicas de impressão em cartazes. Por fim, no domingo, dia 20, das 10h30 às 12h30, o artista Heitor Corrêa apresentará o workshop de ilustração “Provérbios em Quadro”. E para fechar o dia, o músico Mike 11 fará uma apresentação às 18h00, como parte do Porto Sounds Secret, misturando suas influências de R&B e hip hop com o fado.
Nas conversas, no sábado, discutem-se “10 anos de Arte Urbana no Porto” e no domingo a “Arte Urbana como prática comunitária e desenvolvimento regional”, sempre com António Oliveira a moderar. A entrada é livre.
Editado por Filipa Silva