Começou com a Serenata e termina com o Cortejo da Latada. Pelo meio, o Comboio do Caloiro para, este ano, em menos estações e leva milhares de estudantes a Espinho. Francisco Porto Fernandes sublinha que a festa é para "todos os novos estudantes da academia", independentemente de participarem ou não na praxe.
O Cortejo da Latada é o culminar da Semana da Receção ao Caloiro. Foto: Alexandra Oliveira
Uma semana com muita música popular portuguesa, momentos simbólicos e ainda uma novidade que pretende facilitar a adesão dos recém-chegados à academia portuense. Arranca esta segunda-feira (21), a já tradicional Receção ao Caloiro, que desde a serenata ao cortejo das latas vai preencher a agenda do Porto com diversas atividades até domingo, dia 27. O principal objetivo do evento é não só receber os novos estudantes, mas também dar a conhecer as tradições académicas da cidade.
As festividades começaram na madrugada passada, com a tradicional Serenata, que decorreu na Avenida dos Aliados. Ainda esta segunda-feira, mas com hora marcada para as 14h00, acontece a Beneficência, em que os caloiros da Academia vão, numa ação solidária, recolher fundos pelas ruas portuenses, dinheiro que reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. À noite, decorre o já conhecido Rally das Tascas pelos cafés e bares da Invicta a partir das 21h01, com a Fonte dos Leões como ponto de encontro.
Já numa vertente mais praxística, a Noite Negra, está marcada para amanhã, terça-feira, às 19h01 e, segundo o site da Federação Académica do Porto (FAP), “promete elevar o patamar da Receção ao Caloiro”, através da apresentação, em jeito teatral, dos novos estudantes à academia, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. O dia seguinte, quarta-feira, terá a tarde preenchida pelo Cascus Paper (a partir das 14h01), que sendo uma “atividade dinâmica que envolve centenas de estudantes”, tem o intuito de levar os caloiros a explorarem e conhecerem melhor o Porto, que agora se torna sua segunda casa.
A quinta-feira (24) tem como destaque, ao longo de todo o dia, o Comboio do Caloiro, que parte da Estação de Campanhã pelas 09h31min e leva este ano cerca de 6 mil estudantes até Espinho, para um dia de convívio e partilha, em que os novos universitários “levam a outras cidades o espírito académico vivido na cidade portuense”. A festa, “que se estende pela noite dentro” culmina com a Comboiada do Caloiro na Nave Polivante de Espinho, e terá como rainha a música popular portuguesa, contando o cartaz com Rosinha, Ruth Marlene, Avô Cantigas e ainda o duo Insert Coin, formado por João Paulo Sousa e Joel Rodrigues. Também os DJ Diogo Ribas, MC Mano e Calippo de Fiambre vão animar o dia dos recém-chegados à academia. A participação nesta atividade exige bilhete.
No dia 26, sábado, tem lugar o X Invictus – Festival de Tunas Femininas da Academia do Porto. Este terá início pelas 20h01min, no Grande Auditório do Vilar Oporto Hotel.
Domingo, 27 de outubro, a Receção ao Caloiro termina com o icónico Cortejo da Latada, em que os caloiros desfilarão pelas ruas do Porto, desde a Rua de Camões até à Câmara Municipal, onde tem lugar o Juramento. O último evento, que encerra a semana, é o batismo de cada curso em frente à Reitoria da Universidade do Porto, na Praça dos Leões. Assim se “marca, oficialmente, o início do percurso académico para milhares de estudantes da Academia do Porto.”
Perante uma Receção feita de tantos “eventos e momentos significativos”, o presidente da FAP, Francisco Porto Fernandes, destaca em particular três destes: a Serenata, o Comboio do Caloiro e o Cortejo da Latada, seguido do Juramento e do Batismo, pelo valor simbólico que possuem. Ao JPN, o responsável deu especial ênfase ao Comboio do Caloiro, pela animação e por promover o espírito de união entre estudantes de diferentes instituições. Francisco Porto Fernandes recorda ter tido a oportunidade de vivenciar esse espírito durante a sua participação no evento no ano passado, e acrescenta que reside a grande novidade da Receção ao Caloiro deste ano: a alteração do destino face a anos anteriores para Espinho, que teve por objetivo permitir uma deslocação menos longa, e assim facilitar a presença de mais caloiros.
O presidente da Federação Académica do Porto releva, acima de tudo, não obstante a vertente mais praxística da Noite Negra ou do Cortejo da Latada, por exemplo, que a Receção ao Caloiro é “para todos os novos estudantes”, participem eles na praxe ou não. Relembra mesmo que em eventos como o Comboio do Caloiro podem participar todos os recém-chegados à academia, pelo que não deixa de incentivar ao envolvimento em peso da comunidade académica, nesta semana de celebração da nova fase que iniciam os universitários que escolheram o Porto como casa do seu percurso académico.
Editado por Filipa Silva