O FC Porto voltou a tropeçar, desta vez com um empate a duas bolas frente ao Anderlecht, na Bélgica. Apesar do regresso aos golos de Galeno e Fábio Vieira, os Dragões somam quatro jogos sem vencer e caem para a 24.ª posição na Liga Europa, aumentando a pressão sobre a equipa na luta pela qualificação.

Galeno abriu o marcador para o FC Porto, mas o jogo acabou empatado. Foto: FC Porto/Facebook

O FC Porto empatou, esta quinta-feira (28), por 2-2, com o Anderlecht, na Bélgica. Após três jogos sem vencer, os azuis e brancos continuam sem ganhar, neste que é o segundo empate na competição, depois de terem empatado com o Manchester United a três bolas no Estádio do Dragão.

Vítor Bruno apresentou uma surpresa, ao colocar Otávio a titular, sendo que o brasileiro já não jogava desde 15 de setembro. Nota para as muitas novidades, também com Diogo Costa, Eustáquio, Samu e Galeno a regressarem às opções iniciais do treinador português.

Equilíbrio quebrado por Galeno

Ainda não tinha acabado de soar o apito inicial e a equipa da casa já tinha visto um golo a ser anulado, por posição irregular de Kasper Dolberg. Um sério aviso para a equipa portista que não teve reação à perda de bola.

Aos 16 minutos de jogo, na frente do guarda-redes, Nico González cabeceou de forma fraca, no primeiro sinal de vida dos dragões. Oito minutos depois, após consultar o vídeoárbitro, foi assinalada uma grande penalidade sobre Francisco Moura. Wanderson Galeno, com grande frieza, não vacilou e inaugurou o marcador.

Até ao intervalo, a equipa portuguesa foi procurando transições rápidas pelo lado esquerdo do campo e foi mantendo a pressão ao longo da primeira parte, mas sem criar perigo significativo.

Montanha russa de emoções

Logo após o recomeço da partida, o Anderlecht voltou a estar perto de faturar. Mats Rits, em zona de penálti, cabeceou ao poste da baliza de Diogo Costa.

No entanto, aos 51’, num momento de desconcentração, Pepê perdeu a posse de bola à entrada da área, oferecendo a Tristan Degreef a oportunidade de ouro para empatar: 1-1.

Num jogo em que se sentiU uma grande intranquilidade portista, nem mesmo Vítor Bruno escapou ao amarelo após protestos junto ao quarto-árbitro.

Pepê tentou a sua sorte a meia distância, mas viu o seu remate a sair bastante por cima da baliza. Os azuis e brancos estavam, no entanto, por cima do jogo.

Dois minutos depois, o FC Porto regressou à carga. Galeno, com um dos seus movimentos característicos, puxou a bola da esquerda para o meio e finalizou em arco. O remate passou a rasar o poste da baliza de Coosemans.

Aos 79’, os belgas mostraram que ainda estavam em campo, com um remate potente do meio da rua de Francis Amuzu, mas Diogo Costa defendeu sem dificuldades.

Três minutos depois, o recém-entrado Fábio Vieira, com um remate rasteiro e cruzado de fora de área, colocou a bola no fundo da baliza e devolveu a vantagem ao FC Porto.

Mas a alegria da equipa portuguesa foi efémera, uma vez que, após ultrapassar Martim Fernandes, Amuzu viu-se sem pressão e com um remate brilhante fora de área, restaurou o empate.

A última oportunidade da partida foi para o FC Porto. Gonçalo Borges recebe a bola perto da linha do meio-campo e corre pelo flanco, ultrapassando um defesa e fintando outro já dentro de área, mas, na cara do guarda-redes, rematou fraco e à figura.

O jogo acabou com um sabor amargo para os Dragões, que tiveram mais muitas oportunidades para vencer por uma vantagem larga. Quatro jogos sem vencer, somando três derrotas e um empate, refletem uma fase má para os dragões. A equipa revela uma preocupante falta de criatividade, um futebol pouco fluido, lapsos defensivos graves e uma desconcertante ausência da combatividade e garra que a caracterizavam no passado. A falta de um líder em campo, como Pepe costumava ser, tem-se feito notar.

Vítor Bruno: “Nunca serei um problema para o FC Porto”

Na sala de imprensa, o técnico de 46 anos explicou que foi um resultado “cruel”, pela forma como os jogadores se “entregaram ao jogo” e pela maneira como “nunca se encolheram”.

“Nunca serei um problema para o F. C. Porto, trabalho de alma e coração. São ciclos e é acreditar que este vai ser invertido”, afirmou o treinador portista, em relação aos lenços brancos exibidos pelos adeptos da sua equipa no final.

Vítor Bruno ainda referiu que o trabalho era o único caminho que pode retirar a formação azul e branca desta má fase e que os “erros têm de ser corrigidos em competição”.

O próximo jogo da equipa portista é já na segunda-feira (02), no confronto frente ao Casa Pia, a contar para a 12.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O próximo jogo europeu será em casa com o Midtjylland, no dia 12 de dezembro.

Editado por Filipa Silva