Projeto foi apresentado esta quinta-feira na Faculdade de Letras pelo arquiteto Nuno Brandão Costa. O edifício vai ter também uma cafetaria. A obra arrancou a 26 de novembro e vai prolongar-se ate maio de 2026.

Edifício ficará paralelo à Residência Novais Barbosa, dentro do campus da FLUP. Foto: FLUP

Um edifício “iluminado, retilíneo e versátil” é o que se espera do futuro FLUP I&D, o novo bloco já em construção no campus da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), que em maio de 2026 deve abrir portas. O projeto foi apresentado esta quinta-feira (19), no Auditório Nobre da FLUP, pelo arquiteto responsável, Nuno Brandão Costa, e pela diretora da instituição, Paula Pinto Costa.

O projeto original tem 20 anos e teve, por isso, de sofrer alterações. Os dois blocos inicialmente previstos foram “compactados” num só edifício, que já está a nascer junto à Residência Novais Barbosa. Esse edifício retangular vai albergar, na cave, um auditório com 400 lugares; no piso térreo, vai ter um grande átrio, zonas técnicas e um data center; no primeiro piso, uma cafetaria; e nos dois pisos superiores vão estar os espaços de trabalho dos investigadores, estando concebidos num modo open space, com ilhas de trabalho e pequenas salas de reunião.

O edifício está, assim, “muito vocacionado” para a investigação, tendo o próprio auditório sido pensado, segundo o arquiteto, para “apresentações, seminários”, eventos académicos. Um auditório que pode abrir portas para o átrio e ampliar-se, “muito inspirado no auditório da FEP [Faculdade de Economia do Porto]”, como referiu o arquiteto durante a sessão.

A fluidez, flexibilidade e abertura dos espaços interiores do edifício foi sublinhada, tal como a iluminação natural, potenciada pelo revestimento com caixilharia a toda a volta do edifício. A cafetaria, no primeiro piso, por exemplo, terá uma zona de terraço, de onde se conseguirá ver o rio. Os pisos reservados à investigação terá ilhas de trabalho e pequenas salas “para reuniões ou trabalhos”. 

Construído num “sítio delicado”, que torna a obra “difícil”, e perante uma envolvente “densa”, o edifício “tem uma certa serenidade” nas linhas e nos tons – além da caixilharia em alumínio, é revestido a reboco térmico branco – numa configuração “mais arrumada” que a prevista no projeto original, que permite também à faculdade manter o seu jardim.

O que não se evitam são os constrangimentos, sobretudo numa altura em que ocorrem, em paralelo, as obras da Linha Rubi do Metro – que vai ter uma estação no Campo Alegre e uma nova ponte sobre o Douro a passar junto à FLUP e à FAUP, intervenções a que se vai juntar ainda obras na Residência Novais Barbosa, cujo arranque deve acontecer “dentro de dois meses”, segundo a diretora da FLUP.