O FC Porto venceu por quatro bolas a zero o Boavista, no dérbi da cidade do Porto. Samu bisou, mas a estrela da noite foi Rodrigo Mora, que apontou um golaço e fez uma assistência. Os dragões encontram-se na vice-liderança do campeonato, em igualdade pontual com o Sporting.
O FC Porto venceu, este sábado (28), o Boavista por 4-0, no Estádio do Dragão. Com esta vitória, o FC Porto mantém-se na vice-liderança do campeonato, com os mesmos pontos do líder Sporting, que bateu o Benfica no outro dérbi da jornada. Já o Boavista, não conseguiu ultrapassar a linha água.
Depois de uma primeira parte a meio gás, com apenas um golo de vantagem, apontado por Samu (minuto 31), os dragões subiram de nível na segunda parte. Nico (minuto 55), Mora (minuto 59) e novamente Samu (minuto 88), aumentaram os números de uma vitória categórica.
Onzes iniciais e uma homenagem especial
O FC Porto queria dar continuidade ao bom momento de forma. Depois de uma vitória convincente frente ao Moreirense na passada jornada por três bolas a zero, vencer o dérbi da cidade do Porto era importantíssimo para manter a pressão sobre os rivais pela liderança do campeonato.
Vítor Bruno promoveu apenas uma alteração no 4-2-3-1 dos azuis e brancos. Lançou André Franco, que marcou em Moreira de Cónegos, para o lugar de Fábio Vieira, que ficou de fora da lista de convocados. Destaque também para a continuidade de Rodrigo Mora no onze titular, depois de uma excelente exibição nesse jogo, com um golo e uma assistência.
No lado axadrezado, Cristiano Bacci promoveu duas mudanças no seu onze, após o 0-0 na receção ao AVS. Miguel deu o lugar a Pedro Gomes na lateral direita da defesa, e Vukotic substituiu Joel Silva, que saiu lesionado do último jogo, completando o 4-2-3-1 da equipa do Bessa.
O Boavista, que empatou três dos últimos quatro jogos, tinha a intenção de aproveitar o dérbi da cidade portuense para voltar a pontuar fora de portas, e tentar ganhar um “balão de oxigénio” na luta pela manutenção.
Antes do apito inicial, os 47.509 adeptos que marcaram presença nas bancadas do Estádio do Dragão realizaram uma coreografia para festejar o 87.º aniversário do ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, o “Presidente dos Presidentes”, como foi anunciado pelo speaker do estádio.
Primeira parte morna
O dérbi começou com pouca intensidade e durante os primeiros vinte minutos de jogo, não houve nenhuma oportunidade de perigo, à exceção de um susto ao minuto 7, na baliza de Diogo Costa. Bruno Onyemaechi apareceu sozinho na cara do capitão portista, mas em clara situação irregular atirou ao poste.
O 4-4-2 sem bola do Boavista permitiu recuperações de bola no centro do terreno, o que, combinado com a dificuldade dos portistas em ultrapassar a primeira linha de pressão axadrezada, obrigou os azuis e brancos a adotar um jogo mais direto, mas que também foi ineficaz.
Os minutos foram passando e com uma grande quantidade de duelos físicos, o ambiente foi aquecendo. Ao minuto 25, apareceu a primeira grande oportunidade de golo. Depois de uma bela combinação pelo lado direito portista, a bola chegou aos pés de Samu. O espanhol tabelou com Pepê no interior da grande área e quase abriu o marcador, se não fosse Rodrigo Abascal a aparecer para atrapalhar o avançado, que atirou ao lado.
Seis minutos depois, os azuis e brancos chegariam à vantagem. Nico González recebeu a bola completamente sozinho, com bastante espaço no meio-campo, e lançou Martim Fernandes no corredor direito. O defesa direito cruzou rasteiro para o segundo poste, onde apareceu o mesmo do costume, Samu, que apontou o seu 12.º golo para o campeonato.
⚽ GOLO
Samu 31′
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O conjunto axadrezado procurava as transições para ferir o adversário, mas sem sucesso. Bruno Onyemaechi era o responsável pela progressão com o esférico, tentando ligar jogo com os homens mais adiantados, mas faltou inspiração do internacional nigeriano.
A fechar a primeira parte, nova oportunidade de perigo para os dragões. Uma bela jogada pelo lado esquerdo do ataque, com combinações simples e poucos toques, atraiu os jogadores do Boavista para esse lado, permitindo a André Franco abrir na direita, colocando Martim Fernandes em boa posição para aumentar a vantagem, mas César negou-lhe a hipótese com uma bela intervenção.
Segunda parte do “pequeno” génio
A segunda parte começou como terminou a primeira, com uma oportunidade de golo na baliza dos axadrezados. Depois de um remate de Otávio à entrada da área, César defendeu de forma incompleta e Nico quase aproveitou para dilatar a vantagem, mas disparou por cima do alvo.
O primeiro e único remate do Boavista à baliza só surgiu à entrada do minuto 53, depois de nova saída rápida, conduzida por Bruno Onyemaechi. Este, deixou em Bozenik, que do meio da rua tentou a sua sorte, mas o remate saiu fraco e à figura de Diogo Costa.
Apesar de as tentativas de encarar e partir para cima do adversário não estarem a resultar, o menino Rodrigo Mora era dos elementos que mais tentava desequilibrar. Demonstrava uma personalidade forte e sem medo, que foi recompensada nos minutos seguintes.
À passagem do minuto 55, o jovem de 17 anos, sozinho na esquina da área, assistiu Nico González com um cruzamento teleguiado, aumentando para 2-0, a vantagem da equipa da casa.
⚽ GOLO
Nico González 55′
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Mas o melhor ainda estava por vir. Ao minuto 59, deu-se o momento genial da noite. Nico Gonzaléz deu a bola a Rodrigo Mora, que depois fez o resto: progrediu com bola até à entrada da área, “dançou” com Rodrigo Abascal, puxou para o seu pé esquerdo e colocou a redonda no ângulo, não dando qualquer hipótese ao guarda-redes do Boavista. Um golo de levantar o estádio, por parte do camisola 86 dos azuis e brancos.
⚽ GOLO
Rodrigo Mora 59′
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Ao minuto 70, Vitor Bruno promoveu as primeiras alterações. Ivan Jaime e Alan Varela entraram para o lugar de Eustáquio e Galeno. No minuto seguinte, Cristiano Bacci também mexeu, retirou Pedro Gomes e colocou Marco em campo.
Após o golo, foi notória a gestão portista. O FC Porto desacelerou o jogo, manteve o controlo da posse de bola, impedindo qualquer tipo de resposta dos boavisteiros.
Ao minuto 80, o técnico dos dragões esgotou as alterações. Saíram André Franco, Nico e Mora, sendo este último o mais aplaudido e de pé. Entraram, Gonçalo Borges, Vasco Sousa e Danny Namaso. Ao minuto 83, o treinador da equipa do Bessa lançou João Barros para o lugar de Vukotic.
Quando o cronómetro apontou o minuto 87, número do aniversário do ex-presidente portista, o estádio começou a aplaudir e a cantar por Jorge Nuno Pinto da Costa. Nesse mesmo momento, dentro das quatro linhas, Alan Varela encontrou o seu compatriota, Nehuén Pérez, com um belo cruzamento. O central argentino amorteceu para Samu, que bisou na partida e fechou as contas do jogo, estabelecendo o resultado final, 4-0.
⚽ GOLO
Samu 88′
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Aos 90+2, João Gonçalves apitou para o fim do jogo.
No lado do FC Porto, destaque para o homem do jogo, Rodrigo Mora. Demonstrou toda a sua classe e qualidade no seu segundo jogo a titular pelos dragões, somando o seu terceiro golo e a sua terceira assistência para o campeonato. De salientar também as exibições de Samu, Nico e Martim Fernandes, que cumpriram com excelência os seus papéis dentro de campo.
No lado do Boavista, não há lugar para grandes destaques, num jogo em que os axadrezados foram incapazes de conseguir algum tipo de sucesso, quer em termos ofensivos, quer em termos defensivos. A única menção é para Bruno Onyemaechi, que apesar de não ter tido sucesso no capítulo mais criativo, entregou-se ao jogo e tentou levar a equipa para a frente.
Cristiano Bacci: “A derrota foi certa, o resultado foi injusto”
Na sala de imprensa, o treinador do Boavista reconheceu que o “FC Porto é uma grande equipa”. Apesar de admitir que a derrota foi justa, não concordou com os números expressivos no placar final: “A derrota foi certa, o resultado foi injusto”, afirmou o treinador boavisteiro.
O técnico italiano reconheceu ainda que a sua equipa “é muito jovem e sem experiência”, mas sublinhou ainda que o grupo está a trabalhar bem e que, apesar da derrota, “a equipa está confiante”.
Vítor Bruno: “Vitória perfeitamente clara”
Durante a conferência de imprensa, o técnico do FC Porto confessou que no inicio da partida, os azuis e brancos tiveram “dificuldades em abrir caminhos”, mas depois do primeiro golo, o Boavista destapou-se e surgiram bastantes ocasiões de golo: “Para além dos quatro golos que marcámos, tivemos mais uma boa quantidade de ocasiões para marcar mais golos.” Foi uma “vitória perfeitamente clara”, destacou.
Quando perguntado sobre a ausência de Fábio Vieira na lista de convocados, o treinador português afirmou: “Tenho de olhar para o rendimento dos jogadores e a forma como eles olham para o dia a dia”. “Contamos com ele. Para a semana estará novamente disponível para ir a jogo”, acrescentou.
Vítor Bruno mostrou-se ainda rendido a Rodrigo Mora, enaltecendo que o golo marcado: “daqueles golos que fazem muita gente vir aos estádios”, comentou. “É um menino que tem olhado para o jogo com um cariz de maturidade elevado e não é só pelo talento”, destacou.
A história da 16.ª jornada fecha-se esta segunda-feira à noite, com o encontro entre o Famalicão e o Santa Clara. Já com os jogos deste domingo encerrados, os azuis e brancos estão na segunda posição, com os mesmos 40 pontos que o líder Sporting. O Boavista é penúltimo, com apenas 12 pontos, a um, de sair da zona de despromoção.
Os próximos compromissos de ambas as equipas serão a contar para a última jornada da primeira volta do campeonato. O FC Porto jogará no dia 03 de janeiro, na Choupana, frente ao Nacional. O Boavista por sua vez, jogará em casa, no dia 04 de janeiro, frente ao último classificado Arouca, no Estádio do Bessa.
Editado por Filipa Silva