Natural de São João da Madeira, Inês Matos Viana tem 30 anos, é atleta profissional de basquetebol no SL Benfica e soma dez internacionalizações pela Seleção Nacional de Basquetebol Feminino. Nesta entrevista ao JPN, fala-nos sobre o seu longo percurso, marcado pela vontade de ser profissional, de procurar novos desafios e de sair mais forte das muitas lesões que sofreu.
Inês Viana começou a formação em 2001, no clube da sua terra, o Sanjoanense. Aos 17 anos, mudou-se para Lisboa, para jogar no Quinta dos Lombos. Na época 2016/17, chegou ao Benfica, depois foi para o CAB Madeira, Olivais, até que sentiu a “necessidade” de ir para o estrangeiro, porque “já estava confortável em Portugal”. Em 2019, foi para a Suíça, depois para a Bélgica, e para a Bielorrússia, e desde 2023 que está de volta ao Benfica.
Nesta entrevista ao JPN, a atleta nortenha salienta o “pouco profissionalismo que há no desporto feminino” em Portugal e reflete sobre o valor que é dado ao desporto no país. Falou também sobre as exigências mentais no desporto de alto rendimento, sobretudo para quem, como ela, teve de lidar ao longo da carreira com lesões graves. A última foi uma rutura completa do tendão de Aquiles.
“Depois de uma lesão grave, voltamos ainda melhores do que estávamos antes, porque voltamos não só com a parte física, mas com a parte emocional e psicológica mais fortes”, assegura a base.
Ser profissional de basquetebol feminino em Portugal não é para muita gente e é desse lugar, privilegiado mas exigente, que Inês Viana fala, deixando um repto à geração mais nova: é preciso compromisso e a humildade de querer aprender sempre.
JPN – Como é que o começaste a jogar basquetebol? Tinhas alguém na família que já jogava?
Inês Viana (IV) – O meu pai e o meu irmão jogaram basquete. Na altura, tive aquela síndrome de irmã mais nova. Queria fazer tudo igual a ele. Eu era meio “maria rapaz”, gostava de fazer tudo, queria era jogar à bola. Lembro-me que o meu grupo de amigos também estava no basquete, e surgiu assim. Nunca mais dei o passo atrás.
JPN – Era um sonho teu, tornares-te jogadora profissional de basquetebol?
IV – Sim, mas não desde sempre. Tornou-se algo mais real aos 14 anos. Saí de casa para ir para o centro de treino [um dos Centros Nacionais de Treino da Federação Portuguesa de Basquetebol, na altura instalado em Aveiro], onde são escolhidas 12 atletas para formar as equipas. Na altura, fazia parte da equipa de sub-15 e, quando comecei a representar a Seleção Nacional, percebi que era realmente isto que queria.
JPN – E jogavas, em simultâneo, na Sanjoanense?
IV – Sim, jogava na Sanjoanense. Durante a semana estávamos no centro de treino e à sexta-feira à noite íamos para casa. Jogávamos no fim de semana na nossa equipa e ao domingo à noite voltávamos para o centro.
JPN – Até que chegaste a Lisboa. Como tomaste essa decisão?
IV – O primeiro centro de treino para onde fui era em Calvão, Aveiro. E aquilo era até [o escalão de] sub-16. Para Sub-18, era em Lisboa, no [Centro Nacional de Treino do] Jamor. Vim para Lisboa nessa altura. Continuava a jogar na Sanjoanense, até que surgiu a oportunidade de ir jogar para a Quinta dos Lombos. No ano em que me contrataram, tinham acabado de ser campeãs nacionais. Eu tinha 17 anos, na altura, e foi mais difícil para os meus pais aceitar do que para mim.
JPN – Ainda estiveste mais oito anos em Portugal até que decidiste ir para o estrangeiro. Como foi essa experiência?
IV – Depois de jogar na Quinta dos Lombos fui para o Benfica. Depois fui para a Madeira, para Coimbra, já praticamente [em modo] profissional. Percebi que gostava de sair, gostava de experimentar. Já estava confortável em Portugal, já conhecia as coisas todas, já me conheciam, já era tudo muito igual. E senti a necessidade de ir para o estrangeiro.
JPN – Quantos anos tinhas, na primeira vez que saíste do país?
IV – A primeira vez que saí, devia ter os meus 23 ou 24 anos.
JPN – Conhecendo as duas realidades, quais são as principais diferenças entre Portugal e o estrangeiro?
IV – Passam muito pelo valor que dão, não só a nós, atletas estrangeiras, mas o valor que é dado ao desporto. Aqui em Portugal, está a melhorar muito. O Benfica é um clube com muito boas condições, que se calhar outros clubes não têm, mas [a grande diferença] é o pouco profissionalismo que há no desporto feminino. Lá fora é completamente diferente.
Os masculinos, aqui no Benfica, em todas as modalidades seniores são todos profissionais. Há algumas exceções. Alguns já acabaram cursos e trabalham, mas porque querem, não é porque precisam. No nosso caso, tens muita gente que trabalha porque precisa, porque há um número de clubes muito reduzido em Portugal que consegue pagar às atletas para serem profissionais.
Tens mesmo de conciliar com outro tipo de trabalho ou acabar um curso. Eu estou a acabar agora a minha licenciatura. Estava a estudar fisioterapia, mas mal acabei o 12.º ano, comecei a jogar, aqui em Lisboa. Depois fui para Madeira, para Coimbra… Ia fazendo uma cadeira, ia fazendo outra. Conciliar com um curso prático é muito difícil, porque não ia fazendo os estágios. Mais tarde, surgiu a oportunidade de ir para o estrangeiro, congelei a matrícula e tive cinco anos sem estudar. No ano passado voltei, também acabei por me magoar e não foi fácil fazer as duas coisas, mas este ano estou a 100% em tudo. Estou a estagiar todos os dias, acabo o estágio e venho para aqui [Pavilhão da Luz].
JPN – Como é que surge a oportunidade de ir para fora jogar?
IV – Tive alguns treinadores que me ajudaram a escolher agentes. E esses agentes depois arranjam-nos propostas. Quando saí de Coimbra, conversei com o meu agente e ele mostrou-me várias hipóteses. Na altura, fui para a Suíça. Era uma realidade completamente diferente, uma equipa que jogava a Euro Cup para passar a fase de grupos, para ganhar o campeonato suíço. Não é que o campeonato suíço seja muito melhor que o português, mas a realidade de desportista é diferente. És 100% profissional, pagam-te dez ou 20 vezes melhor do que em Portugal e és uma estrangeira na equipa, ou seja, tudo depende de ti. Os resultados vão depender de ti, tens uma responsabilidade muito grande. Mas adorei estar lá fora.
JPN – Viveste sozinha no estrangeiro?
IV- Vivi sozinha, sim. A última experiência que tive no estrangeiro foi na Bielorrússia, há dois anos, com guerra, foi muito difícil, mas não foi uma experiência negativa, porque fez-me crescer muito em termos emocionais. Estava sozinha num país que é aliado da Rússia na guerra, era uma complicação terrível para chegar, para sair, porque não dava para ir de avião para lá. Tínhamos de ir para a Lituânia, era uma segurança acima da média, mas acabei por crescer.
Tornei-me muito mais madura, aprendi a dar importância às pequenas coisas. Sou muito ligada à minha família. Sempre que tenho um bocadinho de tempo, deixem-me ir, eu sou do Norte! Deixem-me ir ter com os meus pais, com o meu irmão, os meus amigos mais próximos. São coisas que, quando estamos no estrangeiro, sentimos muita falta.
Inês Viana tem 30 anos. Está na sua segunda passagem pelo Benfica. Foto: Cláudia Campilho/JPN
JPN – Os atletas também têm vida pessoal.
IV – Sim. Muitas vezes, esquecemos um bocado a nossa parte pessoal, em detrimento da parte profissional, porque passamos muito tempo no pavilhão. Num [dia de] treino bidiário, passamos no pavilhão seis, sete horas e é duro. Chegas a casa, só queres descansar. Quando era mais nova, os meus amigos todos da escola iam sair à noite e jantar. Eu não podia. E também não queria, porque a partir do momento em que tomei a decisão de que queria fazer isto, se é para estar aqui, é para estar a 100%. Em treinos e em jogos. E isso é que nos faz ser melhores.
JPN – Como é que se vive apenas de ser jogadora profissional de basquetebol? É possível?
IV – É, mas eu tive cinco épocas a jogar no estrangeiro. Ou seja, no estrangeiro é possível e ganhamos mais. Muitas atletas que estão a jogar no estrangeiro e que escolhem sair de casa para campeonatos atrativos em termos financeiros, e não só, recebem mais do que uma pessoa bem paga em Portugal. Portanto, sim, conseguimos fazer vida disto. Em Portugal, volto a repetir, há dois ou três clubes que conseguem fornecer estas condições às atletas.
JPN – Há boas escolas em Portugal para se ser jogadora profissional?
IV – Gostava de dizer que havia mais. Há clubes que apostam muito na formação, o que é ótimo, mas depois acabam por não ter uma continuidade para equipas seniores. Ou o contrário. Há muitos clubes que têm uma equipa sénior realmente muito boa e que luta por títulos e depois a formação não tem valor. Devíamos conseguir arranjar uma maneira de poder fazer a formação e, posteriormente, conseguirmos ser profissionais no mesmo clube. Mas isso é muito difícil.
JPN – Qual é a tua rotina diária?
IV – Já passei por muitas lesões, portanto, tenho de ter um acompanhamento médico diferente da maior parte das atletas, mas acabo por fazer o que qualquer atleta profissional faz. Treinamos à uma ou duas da tarde e eu estou aqui pelo menos uma hora, uma hora e meia antes. Faço meia hora, 45 minutos de ginásio, faço a ativação e preparo-me para o treino.
É muito importante também trabalhar a parte mental. Não podemos usar o trabalho mental só para os jogos, é necessário para os treinos também. O treino começa antes de entrarmos dentro de campo. Faço questão de ir à fisioterapia antes dos treinos, faço questão de ir à fisioterapia depois dos treinos, faço questão de fazer a minha ativação no ginásio todos os dias antes de todos os treinos.
Para quem acha que ser um atleta profissional, de alta competição, é só chegar aqui 5 minutos antes do treino e treinar, acabar o treino e ir embora, não é assim. Nós, por exemplo, temos um treino de uma hora e meia, mas acabamos por ficar no pavilhão à volta de quatro horas. Agora imagina treinares bidiário e passas metade do teu dia no pavilhão.
JPN – As lesões são frequentes na vida dos atletas. Como é que se lida com isso? Com as emoções, com o stresse, com as frustrações?
IV – Agora já estou muito mais preparada para responder a essa pergunta. Infelizmente, já passei por várias lesões graves, que me obrigaram a perder épocas ou meias épocas e não é fácil. Então quando só estamos a fazer isto da vida, não é mesmo fácil, porque o nosso corpo acaba por ser o nosso meio de trabalho e quando não estamos a 100, acaba por ser muito frustrante. Quando estamos lesionados há ali um luto, digamos assim, e mais do que a parte física, de termos dores, termos limitações, a parte emocional e psicológica acaba por ter um efeito muito grande.
JPN – Como é que se faz esse trabalho? O que é que se procura?
IV – Não é fácil. Primeiro, é sempre a nossa força de vontade. É pensar: “se eu realmente quero isto, pode-me atrasar um bocado, mas não há lesão que me vá tirar o meu sonho”. Hoje, também já está completamente desmitificado este tema da saúde mental, que é muito importante. No Benfica, temos acompanhamento psicológico. Nesta última lesão, que foi bastante grave [uma rotura total do tendão de Aquiles], foi muito importante, tinha acompanhamento todas as semanas. E conseguiu-me ajudar a tomar decisões, porque tinha muitas dúvidas.
Pensamos: “por que é que isto me está a acontecer a mim?” Já passei por várias lesões e tenho muitos atletas, miúdos principalmente, que vêm falar comigo e perguntar como é que consegui superar. Vermos exemplos é muito importante. Não só a marcar pontos ou jogar bem, mas vermos exemplos de como é que se supera este tipo de adversidades. E, basicamente, é o amor pelo desporto e a nossa força de vontade que nos faz querer voltar a jogar.
JPN – As lesões, de algum modo, podem ter uma parte positiva.
IV – Sim, têm uma parte que acaba por ser positiva. Sempre que temos uma lesão grave, uma lesão que demora bastante tempo a ser tratada para ficarmos em condições, não podemos perder tempo. A verdade é esta. E há um ‘cliché’ muito grande que usamos no mundo da fisioterapia: depois de uma lesão grave, nós voltamos ainda melhores do que estávamos antes, porque voltamos não só com a parte física, mas com a parte emocional e psicológica mais fortes. E, portanto, sim, há sempre partes positivas destes momentos menos bons.
A base do Benfica é natural de São João da Madeira. Foto: Cláudia Campilho/JPN
JPN – É uma pressão adicional ser jogadora profissional de Benfica?
IV – Sim, é. Porque aqui para além de estarmos a representar o nosso nome, ou seja, como atletas, temos de representar o nome do Benfica. O Benfica é uma instituição muito grande, o que funciona para o bem e para o mal, porque quando perdemos também há muita pressão. Quando ganhamos é espetacular sentir o carinho de pessoas que achamos que nunca na vida nos vão reconhecer, porque estamos num país em que só falamos basicamente de futebol, e é muito bom ter esse reconhecimento. Mas, na parte menos boa, também existe esta pressão e nós não nos esquecemos que estamos a representar um clube tão grande como a Benfica.
JPN – É bom ter nervos em campo?
IV: É bom, esta pressão é boa. Eu acabei por ir jogar para o estrangeiro porque já me sentia confortável em Portugal. Sempre gostei de jogar sob pressão. Por exemplo, odiei quando era a época do Covid e não havia pessoas a ver os jogos. Nós falávamos e ouvia-se tudo, parecia que estávamos num treino. E não é a mesma coisa. Faltava aquela pressãozinha. Eu gosto muito e acho que qualquer atleta que quer ser um bom atleta e quer ser um atleta de alta competição tem de saber lidar com este tipo de pressão.
JPN – Quais são as maiores gratificações que o basquetebol te deu?
IV – Primeiro, acho que 90% do que eu sou, deve-se ao basquete. O facto de eu ser muito empenhada, a ética de trabalho, o companheirismo, saber trabalhar em equipa, isso vem tudo do que o desporto me deu e do que o basquete me deu. E melhor ainda são as pessoas. É uma aventura de 24 anos já, a jogar em vários clubes, conhecendo pessoas diferentes, é espetacular. São pessoas que nós vamos levar para o resto da vida. Jogar no estrangeiro, pessoas de outros países. Vou jogar a qualquer lado, conheço pessoas e isso é das melhores coisas.
JPN – E os teus maiores desafios?
IV – Os desafios maiores que já tive nesta aventura foi mesmo passar por estas lesões chatas, muito longas, que uma pessoa fica sempre na dúvida de: será que agora alguém me quer? Como é que vai ser a minha vida daqui para a frente? Eu só jogava basquete, o que é que vou fazer da minha vida se agora não conseguir? É um desafio muito grande passar por estes obstáculos na nossa vida.
Jogar no estrangeiro, o facto de estarmos longe de quem gostamos, de estarmos longe do nosso país, que é a melhor coisa do mundo. Só quem está lá fora percebe, não há nada como o nosso tempo, como a nossa comida, como as nossas pessoas. Temos coisas menos boas, temos sim senhora, mas o nosso país é fantástico e foi muito difícil sempre em todos os sítios onde estive, deixar a minha casa.
Quando era mais pequenininha, os meus desafios eram mesmo o querer muitas vezes fazer coisas ditas normais que acabava por não fazer porque tinha o compromisso de jogar. Não estou a dizer isto como se fosse uma coisa má, mas muitas vezes tive vontade de ir a uma festa de anos, de ficar até mais tarde, e não poder porque tinha jogo no dia a seguir… Não faltar a treinos. Nós como atletas e atletas profissionais, que têm um compromisso a 100%, aprendemos a gerir o tempo.
JPN – Contudo, há muito a ideia de que um jogador profissional tem tempo para tudo e não faz nada. Não é bem assim.
IV – Não, não é bem assim. Já fui jogar a dezenas de países, se me perguntares o que é que eu conheço desses países, conheço o pavilhão e o aeroporto. Quando chegas a sénior, tens o scouting, os treinos de preparação, os treinos de lançamentos, não temos tempo para nada. E descansar, porque é importante descansar fisica e mentalmente. Não é nada fácil.
Quem é atleta profissional gosta do que faz. Não há trabalho mais gratificante, mas em termos físicos e emocionais não é fácil.
JPN – Quais são as tuas maiores inspirações no basquetebol e no desporto em geral?
IV – Sempre gostei muito da Mery Andrade, ela jogou basquete, teve na WNBA e tive a oportunidade, quando fui para os Lombos, de jogar com ela. E se já a admirava antes, depois de treinar com ela e ter oportunidade de partilhar o campo com ela, partilhar ginásio com ela, partilhar uma vida com ela, fez-me aprender. Ela tinha 40 anos na altura e dava 1000% no treino, era até à última, treinava como se fosse a jogar e eu aprendi muita coisa com ela.
E depois, claro, Cristiano Ronaldo, como é óbvio, em termos da parte de desportista acho que qualquer atleta tem de querer ser como ele. Como é que é possível aos 39 anos ter aquela longevidade toda. Mas ele cuida-se, alimenta-se bem, não tem hábitos de risco, e eu acho que acabo por tirar um bocadinho dessa parte dele, de ser o mais profissional possível também para fora de campo.
Depois, os meus pais, a maneira como me criaram, a maneira como estão sempre presentes e me ajudam em tudo e nunca duvidam de mim. Sempre me apoiaram. Claro que algumas vezes podiam não estar completamente a favor das minhas decisões, principalmente quando fui jogar para o estrangeiro, para a Bielorrússia, mas deixaram sempre que a decisão fosse minha. A diferença está aí, ou seja, nunca me disseram nem que sim nem que não, mas estavam lá para me apoiar.
JPN – Que conselhos dás a uma jovem que tem o sonho de ser jogadora profissional?
IV – Compromisso. Hoje em dia, falta muito aos nossos jovens, principalmente os talentosos.
JPN – E que podem sonhar, porque é possível?
IV – Completamente. Sempre me disseram que jogadores baixos nunca podem fazer nada. Eu tenho 1,65 metros e consegui. Representei, e quero continuar a representar, a seleção nacional. No que eu tinha imaginado para a minha carreira, acabei por conseguir fazer coisas que quando era mais nova não conseguia imaginar. É o nosso compromisso, a nossa ética de trabalho, o querermos ser sempre melhores, querermos aprender todos os dias.
Não sei tudo, tenho 30 anos, tenho muitos anos de basquete, e não sei tudo, todos os dias aprendemos. Acho que falta muito nesta geração nova este compromisso de nunca sabermos tudo. Nós estamos sempre a aprender e temos medos, agora temos é de enfrentá-los. Usamos muito dentro da nossa equipa uma ideia que é – temos uma parede à frente, tenho pena da parede, porque a parede vai abaixo. Portanto, nós não andamos a contornar as coisas, vamos, temos de enfrentar os nossos medos e seguir em frente, porque isso é que faz depois quem nós somos.
Editado por Filipa Silva