A seleção nacional de basquetebol feminino fez história ao vencer a Sérvia por 57-40, o que assegurou o apuramento da equipa para o Eurobasket 2025. O selecionador nacional, Ricardo Vasconcelos, destaca ao JPN que estavam “mais preparados que nunca”.
Seleção Portuguesa Feminina de Basquetebol. Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB)
Portugal garantiu a presença inédita no Eurobasket Feminino 2025 ao derrotar a Sérvia por 57-40, este domingo, em Coimbra. Numa disputa equilibrada, as portuguesas mantiveram quase sempre a liderança no marcador, diante de uma equipa que ocupa o quinto lugar no ranking europeu. Terminada a fase de apuramento para o campeonato, ninguém escondeu o orgulho da conquista histórica. Ricardo Vasconcelos, treinador principal das Linces (apelido da equipa), destaca que a qualificação foi possível graças a um “grupo adequado de pessoas” e a uma preparação que permitiu à equipa estar “fisicamente e mentalmente” pronta para este desafio.
Portugal terminou o primeiro quarto em desvantagem (12–14), mas deu a volta e ao intervalo vencia por um ponto (28–27). Apesar de um resultado ainda equilibrado no terceiro quarto (42–38), as Linces, apoiadas por mais de dois mil adeptos presentes em Coimbra, mantiveram a liderança e derrotaram a Sérvia por 57–40, uma vitória histórica que garantiu a qualificação para o Campeonato Europeu Feminino de Basquetebol.
Durante a fase de apuramento, a equipa nacional somou cinco vitórias em seis jogos, impondo-se por duas vezes à Macedónia do Norte (65-52 e 43-76) e à Ucrânia (63-78 e 60-57), tendo apenas cedido no primeiro confronto frente à Sérvia (71-37).
Conduzidas por Ricardo Vasconcelos, selecionador nacional desde 2010, a equipa portuguesa evidenciou-se frente a um adversário que ocupa o nono lugar no ranking mundial (Portugal é 46.º), com as atletas Márcia da Costa (15 pontos, seis ressaltos e três assistências) e Maria Correia (12 pontos, dois ressaltos e quatro assistências) em destaque.
Das 16 atletas que integram o plantel da seleção nacional, 14 têm experiência no estrangeiro, um fator que o técnico nacional considera “uma mais-valia”. Vasconcelos sublinha que o facto de viverem experiências diferentes, em campeonatos diferentes, e estarem expostas a novas realidades leva as atletas a encontrarem “uma versão melhor” de si próprias e “não é só uma questão de qualidade, é uma questão de muitas vezes estar exposto a algo diferente”.
Segundo o técnico nacional, as atletas portuguesas estão “há mais de dez anos atrás deste sonho”, um esforço partilhado por um grupo com uma “identidade incrível”. No verão, a seleção preparou-se para competir no inverno, e este ano mostrou-se que estavam “mais preparados que nunca”. “Não temos uma estrela, somos realmente um coletivo, e acabamos por chegar a este momento bonito e histórico”, reflete o treinador ao JPN.
Após garantir o apuramento, as Linces já pensam em “fazer uma boa preparação” para o europeu. A histórica participação portuguesa na competição vai ocorrer na 40.ª edição do Eurobasket Feminino, que vai ser disputado entre os dias 18 e 29 de junho, por 16 seleções, entre as quais as anfitriãs: Alemanha, Itália, Grécia e Chéquia.
O selecionador nacional afirmou que o tempo de preparação é curto para “as exigências do campeonato” e o mais importante é garantir “a qualidade de preparação dos jogos, fisicamente e mentalmente” com o objetivo de “passar à fase seguinte”.
Editado por Filipa Silva
