Decisão unânime entre o Executivo Municipal, resultou da reunião privada desta segunda-feira (10). O órgão reconhece a importância de ambas as companhias teatrais no Porto. PS e Bloco de Esquerda defendem legitimidade do suporte aos dois grupos, em acréscimo ao atribuído pela Direção-Geral das Artes.
Companhias de teatro independente Palmilha Dentada e Assédio têm um papel de destaque no panorama artístico do Porto. Foto: site Agenda Porto.
A Câmara do Porto decidiu, de forma unânime, apoiar as companhias de teatro Palmilha Dentada e Assédio, que ficaram de fora do concurso da Direção-Geral das Artes. A votação decorreu na reunião privada do Executivo Municipal, na manhã desta segunda-feira (10).
Apesar de as duas companhias independentes, que “têm uma tradição forte na cidade” e “que acolhem no seu seio um conjunto de entidades também independentes”, refere Rosário Gambôa, serem elegíveis no concurso bianual da Direção-Geral das Artes (DGArtes), o financiamento disponível para este ano não é suficiente para assegurar o funcionamento. Neste sentido, o executivo do Porto decidiu, unanimemente, apoiar ambos os grupos, a nível financeiro.
A vereadora do PS, Rosário Gambôa, destacou que o facto de a verba ser insuficiente já “tinha sido denotado nos anteriores concursos” e que o último governo “deixou preparada uma portaria de extensão de encargos, chamando a atenção que, para fazer jus à capacidade que existia de financiamento, seria necessário complementar essa verba.”
Embora o PS tenha “chamado à atenção” em sede do Orçamento de Estado para aumentar a verba para os 15 milhões de euros, “tal não ocorreu”, lamentou a vereadora em declarações à comunicação social.
Mariana Ferreira Macedo, vereadora do PSD, referiu que se trata de uma “solução temporária”, apelando à criação de uma “solução sustentável”, para um futuro mais distante. O PSD agendou uma reunião com as duas companhias para a tarde desta segunda-feira. “Vamos reunir, ouvir e perceber como é que se pode criar uma solução sustentável para estas companhias”, adiantou.
Maria Manuel Rola, do Bloco de Esquerda, sublinhou que o suporte da autarquia deve ser adequado ao período de tempo em questão, “porque estamos a falar da necessidade de apoio para dois anos”. A vereadora acrescentou que “já foram feitas soluções iguais para outras estruturas e esta também tem uma importância muito relevante para a cidade e deve ser garantida a sua estabilidade”.
Editado por Filipa Silva