A propósito do Dia Internacional da Doação de Livros, o MNSR está a oferecer centenas de títulos retirados do seu serviço de biblioteca e documentação. Dezenas de pessoas compareceram na primeira hora da campanha que decorre até domingo (16).

Campanha do MNSR arrancou esta terça-feira (11). Foto: Inês Saldanha/JPN

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) abriu as portas, esta terça-feira (11), para dar início à campanha “Dê uma nova casa aos nossos livros”, no âmbito do Dia Internacional da Doação de Livros, que se celebra a 14 de fevereiro.

Em entrevista ao JPN, António Ponte, diretor do museu, diz que o objetivo da iniciativa é “dar uma nova vida aos livros”: “os livros deixam de estar guardados em caixas para poderem estar em bibliotecas privadas e terem uso”, acrescenta.

António Ponte, diretor do museu, descreve a iniciativa como uma forma de “dar uma nova vida aos livros”. Foto: Inês Saldanha/JPN

A logística é simples: as pessoas chegam, escolhem e levam as obras para casa gratuitamente. No que refere a oferta, é possível encontrar “centenas de livros” de um “conjunto largo de tipologias”, desde revistas a monografias. António Ponte adverte apenas para que “as pessoas sejam conscientes naquilo que levam”, ou seja, “que levem aquilo que de facto lhes interessa”.

Na visão do diretor, a ação visa apoiar a sustentabilidade e o desenvolvimento social: “por um lado, vamos pôr os livros a circular, por outro lado, podemos contribuir para alguns dos objetivos do desenvolvimento sustentável, que se prendem com a educação de qualidade e com a igualdade de acesso”, explica.

A ideia para o projeto surgiu de uma reorganização do “serviço de biblioteca e documentação” que tem sido realizada desde 2022. O diretor do museu revela que ao longo deste reordenamento contatou-se “a existência de um conjunto de títulos que tinham grande quantidade de múltiplos”, que numa primeira fase foram doados a diversas escolas. Contudo, segundo António Ponte, “restou uma quantidade de títulos muito significativa” que impulsionou a campanha em curso.

Os livros estão expostos numa sala do museu e durante a primeira hora da iniciativa dezenas de pessoas exploram os livros dispostos em cima das mesas.

Juliana Santos era uma das dezenas de pessoas que estavam no museu na primeira hora da campanha. Foto: Inês Saldanha/JPN

Juliana Santos, 28 anos, carrega uma pilha de livros nos braços. Quando questionada pelo JPN sobre o motivo que a levou ao espaço, a jovem revela que se trata de uma “oportunidade para poder ver uma parte da coleção dos livros do museu” e também porque “são livros de arte e de património” o que lhe é útil considerando que é aluna do Mestrado em Conservação e Restauro na Instituto Politécnico de Tomar.

A estudante faz um balanço positivo da campanha e acrescenta que, embora não estivesse “com esperança de encontrar” tantos livros, acabou por conseguir obras que fazem sentido para o seu trabalho de investigação.

O projeto “Dê uma nova casa aos nossos livros” decorre até domingo, 16 de fevereiro, das 10h00 às 17h00 com entrada livre.

Editado por Filipa Silva