O diretor executivo da Orquestra do Norte, José Bastos, anunciou na última quinta-feira (20) a sua demissão. A sua decisão já foi comunicada à direção da Orquestra.

A Orquestra do Norte foi fundada em 1992. Foto: StockSnap/Pixabay

José Bastos, atual diretor executivo da Orquestra do Norte, comunicou a sua demissão do cargo esta quinta-feira (20). A direção da orquestra, composta por representantes de 12 municípios, já foi informada.

A sua liderança tinha sido alvo de crítica por parte da Comissão de Trabalhadores, que denunciou em comunicado, no início deste mês, atrasos salariais referentes a dezembro e janeiro, bem como os subsídios de férias e de Natal de 2024.

O comunicado, divulgado a 3 de fevereiro, quebrou um elo de confiança que, para o diretor, “era fundamental”. “Não estavam reunidas as condições para continuar a desenvolver este trabalho”, justificou em declarações à RTP.

O diretor executivo apontou dois fatores para a crise atual: a realização dos contratos permanentes com todos os trabalhadores e um empréstimo de meio milhão de euros para pagar uma dívida de 800 mil euros à Segurança Social, contraída pela antiga direção. Apesar do esforço, a dívida ainda não foi saldada, garantiu José Bastos na mesma entrevista.

Sobre os atrasos salariais da orquestra, que se reuniu com a ministra da Cultura a 13 de fevereiro. Até à data, sabe-se que os vencimentos de dezembro já foram pagos quase na totalidade, restando ainda sete trabalhadores por receber. Embora os salários possam estar garantidos, ainda há incertezas.

Fundada em 1992, a Orquestra do Norte conta com 37 trabalhadores e tem enfrentando dificuldades financeiras há vários anos.

Editado por Filipa Silva