Miguel Pinto Luz marcou presença na tomada de posse da nova administração da Transportes Metropolitanos do Porto. A melhoria da rede Unir é prioridade para a TMP. Ministro apontou "para as próximas semanas" divulgação do plano para combater o trânsito na VCI.
Tomada de Posse da nova administração dos TMP. Foto: Inês Bulcão/JPN
Levar a rede Unir a oferecer um serviço mais eficiente e previsível é a prioridade da nova administração da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), que tomou posse na quarta-feira, na sede do Conselho Metropolitano do Porto.
O novo presidente da TMP, Marco Martins, destacou que é preciso estabilizar os serviços da Unir, garantindo que os autocarros cumpram horários e melhorem a experiência dos passageiros. “O cidadão tem de ter na sua mão, no digital, no telemóvel, uma visão clara das opções de transporte disponíveis”, sublinhou.
A TMP vai ser, recorde-se, responsável pela gestão da rede de transportes Unir e pelo sistema de bilhética Andante.
O presidente do Conselho Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, sublinhou, por sua vez, a importância da STCP na rede metropolitana, evidenciando o papel crucial nos transportes públicos e na interligação com outros operadores.
Já o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, abordou a intermodalidade como um fator crucial, revelando que o governo está a avaliar a transferência de infraestruturas estratégicas para a gestão metropolitana, a exemplo do que está a ser avaliado em Lisboa: “Nós, no caso de Lisboa, estamos — e aqui no Porto temos que pensar nisso — a avaliar a transferência de alguns equipamentos que hoje estão do lado da Infraestruturas de Portugal (IP), nomeadamente grandes estações, grandes gares intermodais, para gestão metropolitana”, afirmou o ministro.
Além disto, Pinto Luz destacou também o investimento recentemente anunciado pelo Governo na compra de mais 390 autocarros elétricos em todo o país, que permitirá alargar a frota nacional destes veículos para 861 autocarros, e o aumento do orçamento para os transportes públicos, que passará de 610 milhões de euros em 2024, para 833 milhões de euros em 2025, um crescimento de 37%.
Um dos anúncios mais aguardados é que não conheceu desenvolvimentos nesta passagem do ministro pelo Porto. O plano para a mitigação do trânsito na VCI que já foi apresentado aos municípios onde a via está integrada (Porto, Gaia, Matosinhos e Maia) e que já foi dado como fechado pelos autarcas em janeiro, continua sem ser conhecido do público. “Nas próximas semanas, estaremos em condições de apresentar a todos”, garantiu o ministro na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos da TMP, reforçando o compromisso com uma mobilidade mais eficiente e sustentável.
Quanto ao alargamento do número de vias ferroviárias entre Porto (Campanhã) e Ermesinde, que vai passar de duas para quatro linhas, o concurso público da Infra-estruturas de Portugal abriu no dia em que o ministro esteve no Grande Porto. Com preço base de 150 milhões de euros, e um prazo de obras que quase quatro anos, o objetivo da intervenção é aumentar a capacidade do eixo que recebe comboios das linhas do Minho e do Douro.
Editado por Filipa Silva