A 9.ª edição do festival vai ter atuações em 18 palcos, entre os municípios do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos.
Festival Dias da Dança foi apresentado na quinta-feira (6). Foto: Tiago Lima/JPN
O Festival Dias da Dança (DDD) regressa este ano para uma nova edição entre os dias 23 de abril e 4 de maio. O DDD, apesar de abrir no Rivoli, no Porto, volta a ter lugar também nas cidades de Matosinhos e Vila Nova de Gaia. Este ano, o Dias da Dança vai contar com 27 espetáculos, que se vão estender por 18 palcos dos três municípios.
Drew Klein, codiretor do Teatro Municipal do Porto, considera que o DDD é “a plataforma para a dança no país”. O diretor artístico afirma que o festival “não utiliza um quadro temático, em vez disso, os temas começam a surgir através dos artistas”. Na programação selecionada encontram-se sobretudo histórias de migração, trabalho e género, trabalhadas com “brincadeira, humor negro e subversão”.
Em toda a programação do Festival DDD, 19 dos espetáculos são estreias absolutas ou nacionais, como é o caso da peça que juntou o coreógrafo e encenador Victor Hugo Pontes com o projeto Dançando com a Diferença, “Os Gigantes”.
Victor Hugo Pontes esteve presente na sessão de apresentação do festival, que decorreu esta quinta-feira (6) no Teatro Rivoli. O coreógrafo explicou que a sua peça teve como ponto de partida “Os Gigantes da Montanha”, de Luigi Pirandello, uma peça inacabada devido à morte do dramaturgo italiano. “É sobre o que é real, o que é fantasia, o que é sonho e pretende mostrar as costuras de como se faz um espetáculo”, resumiu o vimaranense acerca da sua peça que assinala a abertura do Dias da Dança, no dia 23 de abril, às 21h30, no Rivoli.
Não sendo uma estreia no festival, Gaya de Medeiros vai apresentar, nos dias 24 e 25, a peça “Cafézinho”, no Auditório Municipal de Gaia. A bailarina brasileira afirma que “Cafézinho” é “uma provocação para falar sobre o ‘Café Muller’, da Pina Bausch”. A peça de Gaya de Medeiros tem como objetivo acordar a raiva através da dança e da coreografia.
André Braga também marcou presença na sessão de apresentação do DDD. André Braga e Cláudia Figueiredo fundaram a “Circolando – Central Elétrica” em 1999 e vão apresentar a peça “OU” no festival, em colaboração com Panaibra Canda, performer e coreógrafo natural de Maputo. O coreógrafo português revelou que a peça “está na última fase de criação” e, como o próprio título indica, pretende “tentar contar outras histórias daquela que é a história que conhecemos do encontro entre Portugal e Moçambique”.
A programação do festival encerra com a peça “Mont Vernoux” da companhia espanhola Kor’sia. Esta é a primeira vez que o espetáculo é apresentado em Portugal.
Além de todas as peças e espetáculos apresentados, Drew Klein anunciou vários workshops e conversas com artistas que vão decorrer durante o DDD. Relembrou ainda que “a bilheteira já está aberta”.
Rui Moreira esteve presente na sessão de apresentação do Dias da Dança naquela que vai ser a última edição organizada durante a sua presidência da Câmara do Porto – no outro no há eleições autárquicas e Moreira atingiu o limite de mandatos -. O autarca está confiante sobre o futuro do DDD, confiando que “quem vier a seguir vai querer mantê-lo”.
Os bilhetes têm um custo entre os sete e os 12 euros, que varia entre os espetáculos.
Editado por Filipa Silva