Um dos destaques da programação é um “grande concerto evocativo” do espetáculo de 1995 "Todos Pelo Coliseu". Ao JPN, o presidente do Coliseu, Miguel Guedes, antecipa "uma grande surpresa para a própria sala do Coliseu", a anunciar este ano.
A Associação Amigos do Coliseu comemora este ano 30 anos. Foto: João Múrias/JPN
O Coliseu do Porto celebra, em 2025, 30 anos da Associação Amigos do Coliseu do Porto, responsável pela refundação do espaço. A programação do Coliseu vai contar com mais de 160 espetáculos, entre concertos, musicais, espetáculos de dança, ópera, teatro, para os mais novos e de circo.
Em 1995, a Associação Amigos do Coliseu do Porto impediu “a perda desta sala de espetáculos a favor de um culto religioso”. Após 30 anos de “uma casa completamente democrática e diversa”, segundo o presidente do Coliseu Miguel Guedes, o Coliseu evoca o espetáculo de 1995 “Todos Pelo Coliseu” com um concerto “com grandes vozes da música portuguesa”. Os protagonistas e as datas ainda não estão fechados.
“JP Simões canta José Mário Branco” é outro dos concertos que marca as comemorações do 30.º aniversário da refundação do Coliseu do Porto. O espetáculo vai acontecer dia 23 de abril, próximo das comemorações do 25 de Abril, sendo uma “sentida homenagem a José Mário Branco”.
O Coliseu do Porto vai lançar um livro que pretende reunir a história do “verão quente” de 1995, nas palavras de Miguel Guedes, e também condensar a história destes 30 anos numa obra. “Era obrigatório passar por nós e criar uma memória que perdure”, afirmou.
O presidente do Coliseu do Porto considera que a programação do Coliseu é “própria, identitária e sempre com interesse público”. Vão ser vários os concertos de artistas e bandas nacionais no Coliseu, como Fernando Tordo (29/03), Os Azeitonas (02/10), Excesso (04/10), Samuel Úria (17/10) ou Táxi (14/11). Feid (18/03), Gipsy Kings (22/05) e Simone (10/11) são alguns dos nomes internacionais que também vão passar pela sala de espetáculos.
Além deste aniversário do Coliseu, comemoram-se também 20 anos dos Concertos Promenade. Este é um ciclo que se dedica “a levar a música clássica aos mais novos, que serão os públicos de amanhã“. O ciclo inicia-se no dia 23 de março com a Sinfonia n.º 6 “Patética”, a última de Tchaikovsky. Vão ser, no total, sete concertos, incluindo o espetáculo Carta Branca a Jorge Palma (18/05), no qual o cantor português vai revisitar algumas das suas obras com a ajuda de uma orquestra e também dar a conhecer as suas obras clássicas favoritas.
O Coliseu do Porto vai receber a estreia, da obra “Eu Quero é andar de Carrinhos de Choque“, criada pelo Instituto Nacional de Artes do Circo. Vai ser também apresentada a ópera “La Bohème”, de Giacomo Puccini, a 16 de novembro, dirigida pelo maestro Ferreira Lobo.
Vai ser realizada uma conferência acerca dos 30 anos e da importância das instituições culturais “no geral” e, no final do ano, realiza-se o habitual Circo de Natal do Coliseu, cuja história e banda sonora original vão ser anunciadas no segundo semestre.
Miguel Guedes contou ao JPN que este é um “momento importante para o Coliseu”, uma data para comemorar “três décadas de fazer cidade”. O presidente do Coliseu considera que o “movimento popular” de 1995 que encheu a Rua Passos Manuel foi “importante e decisivo” na história da instituição.
Relativamente às obras há muito reclamadas pelo Coliseu, Miguel Guedes afirmou que a intervenção no telhado está concluída, “uma aspiração muito grande” da sala de espetáculos. Para o presidente, a obra era “vital”, pois sem esta o Coliseu “não passaria mais um inverno”.
“Precisamos de fazer muitas outras obras, o Coliseu é um edifício com 83 anos de história que nunca teve uma grande intervenção de fundo na maioria do seu espaço”, disse Miguel Guedes. O presidente do Coliseu antecipa “uma grande surpresa para a própria sala do Coliseu”, a anunciar este ano.
Editado por Filipa Silva