Portugal conquistou quatro medalhas nos Europeus de Atletismo em Pista Coberta. Salomé Afonso foi a primeira atleta portuguesa a subir ao pódio duas vezes na mesma competição. Domingos Castro, presidente da FPA, destaca "prestação de excelência".

Salomé Afonso, Auriol Dongmo e Isaac Nader conquistam medalhas nos Europeus de Atletismo em Pista Coberta. Foto: Federação Portuguesa Atletismo/World Athletics

Salomé Afonso, Auriol Dongmo e Isaac Nader subiram ao pódio nos Europeus de Atletismo em Pista Coberta, disputados em Apeldoorn, nos Países Baixos, e trouxeram para Portugal quatro medalhas. Razões suficientes, mas não as únicas, que levam o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo a mostrar a sua satisfação com os resultados: “Nós tivemos muitos atletas nas finais, além das quatro medalhas, portanto, foi a melhor prestação de sempre, foi uma prestação de excelência”, afirmou Domingos Castro, ao JPN.

Salomé Afonso destacou-se neste campeonato ao conquistar duas medalhas. A atleta ganhou a prata nos 1.500 metros femininos e voltou a brilhar nos 3.000 metros, onde garantiu o bronze, nas 15 voltas à pista, tendo ficado atrás da irlandesa Sarah Healy, campeã da Europa, e da britânica Melissa Courtney-Bryant, segunda.

A atleta portuguesa fez história para Portugal ao subir duas vezes ao pódio na mesma edição, o que nunca tinha acontecido numa competição internacional de atletismo. “Fez história para o nosso país, mas não foi o único feito conseguido nesta competição”, sublinhou o presidente da FPA.

Isaac Nader garantiu, na sexta-feira, a medalha de bronze na prova dos 1.500 metros, numa final liderada pelo norueguês Jakob Ingebrigtsen, que se sagrou tricampeão.

Aos 25 anos, Nader completou os 1.500 metros em 3.37,10 minutos, ficando atrás do norueguês Jakob Ingebrigtsen, campeão europeu com 3.36,56, e do francês Azeddine Habz, que assegurou a prata com 3.36,92.

Esta foi a segunda medalha portuguesa nos 1.500 metros conquistada no mesmo dia nesta competição, após a prata de Salomé Afonso na prova feminina. É ainda a sexta medalha de Portugal nesta distância em Europeus de pista coberta, depois de Rui Silva nos anos de 1998, 2002 e 2009 e de Carla Sacramento em 1996.

No lançamento do peso, a campeã do mundo Auriol Dongmo, que nestes campeonatos defendia o título conquistado em 2023, atingiu uma marca de 19,26 metros e garantiu a medalha de bronze, o que consolidou o seu estatuto como uma das melhores atletas mundiais nesta modalidade.

Além das medalhas, Portugal destacou-se ao conseguir marcar presença em nove finais, com dez atletas, nas 12 modalidades em que participou.

Esta edição dos Campeonatos Europeus de Pista Coberta fica marcada como a melhor participação de sempre de Portugal, superando as três medalhas conquistadas em Valência 1998; Torun, 2021; e Istambul, 2023, sendo que nesta edição duas medalhas foram de ouro e uma de bronze.  Esta competição teve ainda a segunda maior delegação de atletas portugueses de sempre com 20 atletas, menos dois do que em Istambul em 2023.

Sobre Pedro Pablo Pichardo, que não esteve presente nestes Europeus devido a um estágio que está a realizar fora do país para se preparar para o Campeonato do Mundo em Tóquio, em setembro, Domingos Castro assumiu que a Federação disponibilizou todos os recursos para apoiar a sua preparação. “O Pichardo pediu ajuda à Federação e foi-lhe dado todas as condições que ele pediu. Por isso, como ele e todos os outros, tudo aquilo que nos pedir, nós estamos-lhe a dar, para que realmente cheguem lá e tenham bons resultados”, confessou o presidente da FPA ao JPN.

Domingos Castro elogiou ainda o espírito de união e motivação da seleção nacional: “este fim de semana, os resultados foram tão bons que os próprios atletas disseram que já não se lembravam de encontrar um ambiente tão positivo numa seleção e isso deixou-me extremamente agradado”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também felicitou os atletas, treinadores, equipas técnicas e a Federação Portuguesa de Atletismo e destacou o elevado nível do atletismo nacional que muito orgulha todos os portugueses.

Editado por Filipa Silva