Depois de Rui Moreira ter afirmado que não há solução para a Rua de Costa Cabral, Câmara do Porto admite que vai estudar alternativas. O tema voltou a ser debatido na reunião do Executivo Municipal desta segunda-feira (10), onde a criação de uma rua paralela foi apontada como possível solução para melhorar a mobilidade num dos troços da via.
Academia de Música de Costa Cabral está dividida em dois pólos, obrigando os alunos a atravessar a rua com frequência. Foto: via Google Maps
A Câmara Municipal do Porto pensa ser possível mitigar os conflitos de uso num troço da Rua de Costa Cabral, através da criação de uma rua paralela para largada e entrada de passageiros.
Vereador Sérgio Aires, do Bloco de Esquerda, defende que há, pelo menos, uma solução para os problemas de convivência em Costa Cabral. Foto: Inês Bulcão
O vereador do Bloco de Esquerda Sérgio Aires voltou a trazer o tema à reunião privada de Executivo Municipal, decorrida na manhã desta segunda-feira (10), alertando para os riscos de atropelamento junto à Academia de Música de Costa Cabral e defendendo a aplicação de medidas de segurança, como a instalação de lombas.
Sérgio Aires acredita ser possível encontrar uma solução para os problemas de convivência entre os utilizadores da maior rua da cidade do Porto: “hoje, quis insistir que me parece que há mais qualquer coisa que é possível ser feita”, afirmou.
“Fui confrontado com lombas de redução de velocidade na Rua de Santos Pousada, num sítio em que é necessário reduzir a velocidade. Agora, pergunto-me por que é que em Costa Cabral não é possível fazer uma coisa desse género?”, salientou ainda o vereador.
O vereador do BE defende também a redução da velocidade máxima autorizada para os 30 quilómetros por hora em diversas zonas da cidade, à semelhança do que acontece noutras cidades europeias.
Pedro Baganha admite soluções a curto prazo
À margem da questão de Costa Cabral, o vereador do pelouro do urbanismo do município, Pedro Baganha, esclareceu ser possível perspetivar uma solução quando for construída uma rua paralela, no âmbito de projetos urbanísticos ainda em desenvolvimento. A construção desta rua tem como objetivo a largada e entrada de passageiros, no entanto, admitiu que estão a ser estudadas medidas de mitigação, incluindo a possibilidade de instalar lombas para redução da velocidade.
Pedro Baganha, Vereador, Pelouro do Urbanismo e Espaço Público e Pelouro da Habitação. Foto: Inês Bulcão
“A boa notícia é que um dos loteamentos já está aprovado, o outro não. Um deles pertence à Santa Casa da Misericórdia e, que tenha esclarecimento, ainda não está em curso o projeto definitivo”, declarou Pedro Baganha.
O vereador do urbanismo avançou também que os serviços municipais estão a analisar diversas denúncias que são recorrentes, relativamente “à segurança e à projeção do espaço, [feitas] por parte dos cidadãos e dos automobilistas”.
Pedro Baganha disse ainda que o município tenciona avançar com medidas de mitigação, como “eventuais lombas”. Contudo, o vereador reafirmou que, como solução, só vai ser possível criar uma via paralela até ao primeiro entroncamento de Costa Cabral (sentido Marquês – Areosa), que abrange o OSMOPE: Creche e ATL e o Académico, e não para a totalidade da rua.
Saldo de gerência aprovado por unanimidade
A reunião ficou ainda marcada pela aprovação do saldo de gerência (excedente orçamental face ao previsto no ano anterior), que vai ser incorporado no orçamento municipal para 2025. O saldo de 44.4 milhões de euros eleva o orçamento da Câmara do Porto de 450 para 494 milhões de euros.
A proposta vai ainda ser discutida pela Assembleia Municipal do Porto. O orçamento foi aprovado com os votos a favor do movimento independente e PSD, a abstenção do PS e os votos contra da CDU e do BE.
Editado por Filipa Silva