O FC Porto venceu o AFS por 2-0 e mantém o terceiro lugar. Os golos foram apontados por Rodrigo Mora e Fábio Vieira. Ochoa fez oito defesas durante o jogo.
Estádio do Dragão com menos de 40 mil espectadores este sábado. Foto: Diogo Sousa/JPN
O FC Porto venceu por 2-0 o AFS, este sábado (15), no Estádio do Dragão, num jogo a contar para a 26.ª jornada do campeonato.
Os golos da partida foram apontados pelo jovem Rodrigo Mora, aos 17 minutos e por Fábio Vieira aos 60′. Guillermo Ochoa, apesar dos dois golos sofridos, esteve em destaque e fez oito defesas durante a partida.
O FC Porto efetuou várias alterações em relação ao jogo que terminou com uma derrota frente ao SC Braga, na jornada anterior, incluindo no sistema tático. Os azuis e brancos pareceram apostar num tradicional 4-2-3-1, com Marcano a fazer dupla com Nehuén Pérez na central. Rodrigo Mora e Pepê regressaram ao onze, após terem recuperado das respetivas lesões. Fábio Vieira e Eustáquio foram outros dois regressos ao onze inicial. Gonçalo Borges ficou de fora, devido a castigo por acumulação de amarelos.
Na equipa de Rui Ferreira, que também sofreu alterações, a ausência mais notada foi a de Nenê. O veterano de 41 anos, no ano passado, foi a peça fundamental da subida de divisão da equipa de Vila das Aves, com 23 golos em 32 jogos. Em 2025, ainda não foi titular em qualquer ocasião.
Viu-se um Dragão despido, talvez devido aos últimos jogos da equipa, que vinha a mostrar um futebol “sem sal”, refletido nos resultados. Com apenas duas vitórias nos últimos cinco jogos, a equipa chegou a este jogo no quarto lugar no campeonato. As bancadas não chegaram aos 40 mil adeptos (37.286).
Primeira parte dominada pelos dragões
O jogo começou em grande para a equipa da casa. Aos quatro minutos, Fábio Vieira quase fez saltar as bancadas do Dragão, com um belo remate de fora de área, impedido apenas por uma grande intervenção de Ochoa. Três minutos depois foi a vez de Samu, que após um cruzamento de João Mário, fez tremer a malha lateral da baliza do mexicano.
Na zona dedicada aos Super Dragões leu-se: “Vida de milhões, futebol tostões”. Uma mensagem forte para a equipa do FC Porto que não atravessava um bom momento. No entanto, a claque foi fortemente assobiada pelos restantes adeptos da casa.
“Vida de milhões, futebol tostões”- Foto: Diogo Sousa/JPN
Só dava FC Porto nesta altura, no entanto, aos 15 minutos, John Mercado no contra-ataque, conduziu a bola com bastante velocidade e só foi travado por uma defesa estrondosa de Diogo Costa.
Dois minutos depois surgiu o primeiro golo da partida. Rodrigo Mora apareceu no sítio certo dentro de área para ganhar o ressalto e colocar a bola no fundo das redes. Foi o quarto golo para o campeonato do jovem de 17 anos.
⚽ GOLO
Rodrigo Mora 18′
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O FC Porto continuou a pressionar e a tentar dilatar a vantagem. Com sucessivos ataques pela direita do terreno, a equipa da casa procurou apostar nas combinações de João Mário e Fábio Vieira que originavam bastantes cruzamentos para a grande área, mas sempre sem finalizações de qualidade. Um bom exemplo foi aos 38′: Fábio Vieira recebeu a bola já na grande área e cruzou para Samu que apareceu isolado, mas cabeceou contra o poste e deixou Martín Anselmi com as mãos na cabeça.
O azar do avançado espanhol continuou dois minutos depois. Após conseguir fintar dois defesas, finalizou rasteiro com força para mais uma nova defesa do experiente Guillermo Ochoa.
Idade é um número para Ochoa
A segunda parte começou mal para os visitantes: aos 20 segundos do recomeço da partida, Nacho Rodriguez viu o segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho, depois de uma entrada imprudente sobre Francisco Moura.
Entretanto, nas bancada dos Super Dragões surgiram novas faixas: “Falta de ADN e ambição, não respeita o Dragão!”. A claque voltou a ouvir assobios de outras zonas do estádio.
“Falta de ADN e ambição, não respeita o Dragão!”- Foto: Diogo Sousa/JPN
A meia hora do fim, uma grande jogada coletiva deu origem ao segundo golo dos azuis e brancos. Mora encontrou Moura desmarcado na esquerda, no limite da grande área, este cruzou para uma belíssima finalização à meia volta de Fábio Vieira.
⚽ GOLO
Fábio Vieira 61′
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Passados 15 minutos, o AFS teve outra grande oportunidade de golo travada por uma grande defesa de Diogo Costa. Gerson Rodrigues cabeceou isolado na pequena área, mas os reflexos do guardião português estiveram impecáveis.
Do outro lado, apesar dos dois golos sofridos, Ochoa não ficou atrás. Aos 85′, o mexicano levava oito defesas totais.
Os azuis e brancos acabaram a partida a jogar num 4-4-2, com Deniz Gül a fazer dupla com Samu.
Com o regresso de jogadores como Pepê e Rodrigo Mora, o FC Porto mostrou-se muito mais capaz no último terço e a trocar a bola. O jovem de 17 anos foi o MVP da partida e com razão: criou espaços, construiu jogadas e esteve envolvido nos dois golos da partida. Fábio Vieira, após um início de temporada um pouco apagado, parece estar a voltar à sua melhor forma: nos últimos cinco jogos tem três golos e duas assistências. Com o regresso de Iván Marcano, os azuis e brancos podem ter voltado a uma maior solidez defensiva. Nehuén Peréz vem a demonstrar mais confiança em certas abordagens, com o veterano ao seu lado.
Com a jornada 26 concluída, os dragões mantêm-se na terceira posição, a nove pontos do líder Sporting e a seis do Benfica, que tem menos um jogo. Já o AFS mantém-se a lutar pela permanência. Está em 15.º com os mesmos pontos do 16.º, o Estrela da Amadora.
Martín Anselmi: “Foi o jogo mais completo do FC Porto desde que cheguei”
Na conferência de imprensa, quando questionado sobre o tipo de jogador que Eustáquio é dentro do estilo de jogo da equipa, Martín descreve-o como “líbero” e admitiu a sua admiração por “jogadores como o Eustáquio que jogam em várias posições”.
Sobre o jogo, o argentino considerou que foi o melhor jogo que treinou desde que chegou: “Foi o jogo mais completo do FC Porto desde que cheguei. Controlamos o jogo e tivemos calma a trocar a bola.”
Sobre a falta de golos de Samu e a sua emotividade após o jogo, o técnico de 39 anos disse que “com jogos assim, o Samu vai voltar a marcar muitos golos.”
Quanto à recuperação de Rodrigo Mora, foi rápido: “Se não estivesse recuperado não tinha jogado”.
Rui Ferreira: “Há que agarrar as coisas boas para o futuro”
Na sala de imprensa, quando questionado sobre a ausência de minutos do avançado Nenê, o treinador de 51 anos explicou que “não foi possível” dar mais minutos ao brasileiro hoje, pois considerava que era preciso “características mais móveis” nos pontas de lança, sendo que o veterano é mais um “avançado de área”.
Quanto ao jogo, o português não poupou nas palavras: “Sabíamos que íamos encontrar um FC Porto mais forte. Tentamos explorar transições com o Mercado e foi a melhor oportunidade de golo (aos 15′). Acreditávamos que íamos chegar ao golo na segunda parte, arriscámos não tirar o Nacho, mas aos 20 segundos, com uma falta que não deveríamos ter feito, perdemos o jogador. Há que agarrar as coisas boas e transmitir para o futuro”.
Sobre a entrada da equipa para a segunda parte, já com menos um jogador, Rui Ferreira admitiu que tentou “arriscar sem perder segurança defensiva”, colocando apenas mais um homem na frente de jogo.
O próximo jogo do FC Porto será dia 30 de março contra o Estoril, após a pausa para seleções, para a 27.ª jornada do campeonato.