Medida foi anunciada esta segunda-feira (24), dia em que se assinala o Dia Nacional do Estudante. Federação Académica do Porto marcou a data com a divulgação de um contributo para colmatar a falta de alojamento que os estudantes bolseiros enfrentam.
Academia 24 do Marquês vai receber obras de requalificação e abre portas aos estudantes em setembro. Foto: Inês Saldanha/JPN
A Federação Académica do Porto (FAP) anunciou uma nova residência estudantil destinada a alunos bolseiros esta segunda-feira (24). A medida acrescenta 24 camas à oferta já existente na Residência 24 da Bainharia, que abriu em 2023 na Rua da Bainharia, no Centro Histórico do Porto, totalizando 64 camas disponibilizadas pela federação, a partir de setembro.
A Academia 24 do Marquês situa-se na Praça Marquês de Pombal e, apesar de já estar em condições de ser habitada, vai ser alvo de obras de requalificação para acolher os estudantes no ínicio do ano letivo 2025/2026. Em comunicado de imprensa, a FAP defende que a localização é uma vantagem, dada a proximidade com o Polo Universitário e o fácil acesso aos transportes públicos, particularmente o Metro.
A nova residência surge no âmbito de uma parceria com uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), ficando a gestão a cargo da FAP. Os estudantes são encaminhados para a Academia 24 do Marquês, através dos Serviços de Ação Social das instituições de ensino superior. As instalações da Academia 24 do Marquês vão contar, para além dos quartos, com cozinha, espaços de convívio, locais de estudo individualizado e salão de jogos.
Ao JN, Francisco Porto Fernandes, presidente da federação, deixou uma crítica à crise da habitação que o país enfrenta: “hoje, o principal entrave à frequência do ensino superior não são as propinas, é o alojamento. Um estudante, no Porto, gasta cerca de 400 euros por mês para alugar um quarto“. “Com esta iniciativa esperamos contribuir para a solução [da falta de alojamento] de uma maneira que o Governo não conseguiu”, acrescentou.
De acordo com Francisco Porto Fernandes, o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no qual o Governo assume o compromisso de disponibilizar 18 mil camas para estudantes até 2026, está longe de ser cumprido.
Editado por Filipa Silva