Em 2024, o Estado-Maior-General das Forças Armadas registou uma inversão clara da queda dos candidatos, face a 2023. Além deste aumento de cerca de 30%, verificou-se uma subida ténue no número de efetivos. Ainda assim, são precisos mais quase 10 mil militares.

O presidente dirigiu palavras de apreço aos militares portugueses.

O presidente dirigiu palavras de apreço aos militares portugueses. Foto: Inês Silva Pereira

Em 2024, foram 9.843 os candidatos às Forças Armadas (FFAA) portuguesas. O número subiu pela primeira vez em vários anos. O efetivo de militares também aumentou, mas continua aquém do número preciso para as necessidades operacionais. Os dados são do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) e foram avançados pelo “Diário de Notícias” (DN) na sexta-feira.

Desde 2021, pelo menos, que o número de candidatos ao Exército, Força Aérea e Marinha (10.777) tinha vindo a descer. Em 2023, foram 7.353 os jovens que escolheram ingressar nas Forças Armadas e em 2024 a situação inverteu-se. As 9.843 candidaturas registadas no ano passado representaram uma subida de 33,8% face a 2023.

De forma menos acentuada, o efetivo total de militares também subiu. Em 2024, as Forças Armadas (FFAA) tinham 23.678 militares, mais 68 do que em 2023 (23.610). Ainda assim, estes anos são os que registam os dois números mais baixos da última década. Eram 29.563 os efetivos em 2015.

Ao DN, o ministro da Defesa justificou o aumento dos candidatos e dos militares efetivos com a “valorização da condição militar”. Nuno Melo apontou as medidas tomadas em áreas que mereciam mais investimento: o aumento dos salários e do suplemento de residência são exemplos referidos.

Além dos 23.678 efetivos das FFAA, são precisos mais quase dez mil militares para o país conseguir dar resposta às necessidades operacionais: 32 mil é o número fixado em decreto-lei, número que assegurará as missões pedidas aos três ramos.

Neste sentido, o DN questionou o ministro acerca da possibilidade de retorno do Serviço Militar Obrigatório (SMO), mas “para já, esse cenário não se coloca”, garantiu. Nuno Melo considera que por agora é mais importante melhorar as condições profissionais dos militares e garantir que a substituição dos efetivos das FFAA seja “natural” e “autossuficiente”.

Editado por Filipa Silva