O Boavista perdeu contra o Nacional, por uma bola a zero. Lucas França, guarda-redes dos madeirenses, foi o homem do jogo. As panteras, que anunciaram novo treinador este domingo, mantêm-se assim em último lugar.
Equipas lutaram taco-a-taco, mas foi o Nacional a levar a melhor. Foto: Boavista FC/Facebook
O Boavista recebeu o Nacional com a missão de alimentar a esperança da manutenção, mas o atual “lanterna vermelha” do campeonato acabou derrotado por 0-1, penalizado pela falta de eficácia e pela grande exibição do guarda-redes dos madeirenses, Lucas França. O único golo do jogo foi marcado Joel Tagueu aos 16 minutos.
O jogo foi o último de Jorge Couto como treinador interino, uma vez que no dia seguinte ao encontro, o Boavista anunciou um novo treinador: o escocês Stuart Baxter, com um contrato até junho de 2026.
As bancadas do estádio das panteras estavam bem compostas, contando com 6.280 espectadores. Os adeptos dos insulares marcaram presença, apesar de estarem em pequeno número.
Antes do início do jogo, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem a Aurélio Pereira, responsável pela formação do Sporting durante mais de três décadas.
Em relação ao jogo anterior frente ao Rio Ave, a equipa boavisteira apresentou apenas uma mudança no 11 inicial: para o lugar de Kurzawa, entrou Filipe Ferreira. A equipa visitante, por sua vez, apresentou quatro mudanças face ao jogo contra a Estrela da Amadora: saíram Leonardo Santos, Arvin Appiah, Matheus Dias e Dudu, e entraram Zé Vítor, José Gomes, Soumaré e Yamada.
Primeira parte com superioridade da equipa visitante
Ao minuto 5’, Diaby deixou a bola para Bozeník que procurou inaugurar o marcador, mas o remate foi defendido pelo guarda-redes da equipa madeirense. No minuto seguinte, a equipa boavisteira voltou a tentar alcançar o golo, numa jogada que se iniciou com um canto da direita, Seba Pérez rematou na recarga, mas a bola foi defendida por Lucas França.
O marcador foi estreado pela equipa do Nacional, ao minuto 16’, com um golo do camaronês-brasileiro Joel Tagueu. Um canto marcado por Yamada colocou a bola no coração da área. Tagueu apareceu e desviou-a de cabeça para o fundo da baliza de Vaclík.
⚽ GOLO
J. Tagueu 16′
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Pouco tempo depois, os insulares tentaram aumentar a vantagem. Paulinho Bóia recebeu a bola de Tagueu e rematou, mas a bola saiu ao lado. Pouco tempo depois, ao minuto 26’, o Nacional voltou ao ataque: Yamada cruzou para Tagueu, mas o lance foi intercetado por Lystsov.
Em busca do empate, ao minuto 28’, Diaby encontra-se na grande área à procura do golo, mas a bola foi intercetada por um defesa madeirense.
Muitas oportunidades, pouca eficácia
Nos primeiros vinte minutos da segunda parte, o árbitro David Silva mostrou cinco cartões amarelos, três para o Boavista e dois para o Nacional.
Ainda na luta pelo golo, ao minuto 65’, Moussa, da equipa da casa, tentou marcar um golo de cabeça, mas a bola saiu desenquadrada. Passados dois minutos, Salvador Agra cruzou para Diaby que tentou colocar a bola na baliza de Lucas França, mas este defendeu a bola.
O Boavista não desistiu de atacar e, ao minuto 70, Bozeník tentou marcar, mas não conseguiu finalizar com sucesso. Vukotíc tentou a recarga, mas foi desarmado por um defesa do Nacional. Aos 80 minutos, foi a vez de Joel Silva tentar marcar um golo pelo Boavista, mas a bola foi à trave.
A oito minutos do fim, foi mostrado um cartão vermelho a Ibrahima Camará, jogador no banco de suplentes do Boavista, por palavras dirigidas ao árbitro.
Depois, a equipa do Nacional ameaçou aumentar a vantagem ao minuto 84’, com um remate de Appiah que foi defendido pelo guardião boavisteiro.
A equipa da casa não se deixou ficar e, ao minuto 90’, Diaby rematou mais uma vez, mas Lucas França, apontado como homem do jogo, defendeu mais uma vez.
A aproximar-se o fim da partida, ao minuto 90+7’, Bozeník tentou mais uma vez diminuir a vantagem, mas o guarda-redes do Nacional não permitiu que isso acontecesse.
A última situação de perigo do jogo foi da autoria da equipa visitante: José Gomes rematou, mas Vaclík defendeu.
Tiago Margarido: “Uma vitória justa”
Na sala de conferências, o treinador do Nacional considerou que “a necessidade do resultado pesava” – o Nacional também luta pela permanência – e que a “serenidade foi o segredo para conseguirmos tirar os três pontos”. O técnico afirmou que a sua equipa tentou chegar à baliza de forma contínua, considerando o resultado como “uma vitória justa”. No entanto, Tiago Margarido lamentou não ter terminado o jogo com uma vantagem mais numerosa, considerando que tiveram muitas oportunidades, mas pouca eficácia.
Do lado do Boavista, não compareceu qualquer representante na sala de conferências do Estádio do Bessa séc. XXI.
Com este resultado, o Boavista permanece na última posição da Liga, quando faltam cinco jogos para o final. Os axadrezados viram, nesta 29.ª jornada, o Farense, que é penúltimo, distanciar-se, mas têm a posição que dá acesso ao play-off da descida à mesma distância que tinham antes do jogo com o Nacional: o AFS perdeu com o SC Braga e continua cinco pontos acima dos portuenses.
Já a equipa da Madeira subiu ao 12.º posto e está muito perto de assegurar a permanência.
Na próxima jornada, o Boavista defronta o Farense na sexta-feira (18), partida que se revela decisiva na luta pela manutenção. Por sua vez, o Nacional irá encontrar outro “aflito”, o Gil Vicente, no sábado (19).
Editado por Filipa Silva