Há um ano, quatro rapazes juntaram-se para misturar "todas as gerações do rock para trazer algo novo” e conquistarem os "grandes palcos" nacionais e internacionais. Em entrevista ao JPN, os Break Even contaram como foi a experiência de terem pisado o palco principal da Queima das Fitas do Porto, pela primeira vez, este domingo (4).

Rui Santos, Rodrigo Ribeiro, Afonso Juanico e Sérgio Maia compõem os Break Even. Foto: Cláudia Campilho/JPN

Sérgio Maia, de 39 anos, Afonso Juanico, de 24, Rui Santos, de 25 e Rodrigo Ribeiro, de 20 compõem o quarteto portuense Break Even.

Depois de vencerem o Concurso de Bandas de Garagem da Queima das Fitas do Porto 2025, promovido pela Federação Académica do Porto (FAP), a banda subiu ao palco principal do Queimódromo, este domingo (4). “Um sonho, para nós, que foi realizado”, destacou o vocalista, Sérgio Maia ao JPN, no final da atuação.

Não é a primeira vez que o grupo atua num grande palco. Os Break Even já contam com a participação no Got Talent Portugal, onde conquistaram os quatro “sins” dos jurados. A cumprirem o objetivo de “começar primeiro com pequenos concertos e festivais” para chegarem a “grandes palcos”, a banda festejou o primeiro aniversário ao som dos aplausos dos estudantes portuenses.

“O público estava a adorar, a cantar as nossas músicas, nós deixámos a energia toda em cima do palco e acho que correu ainda melhor do que esperávamos”, afirmou o guitarrista, Afonso Juanico.

Primeira atuação na Queima das Fitas do Porto, iluminada pelos estudantes. Foto: Cláudia Campilho/JPN

Já com dois singles originais editados, “Devil’s Dance” e “My Way”, os Break Even “misturam todas as gerações do rock para trazer algo novo”. AC/DC, Bon Jovi e Guns N’ Roses são algumas das inspirações dos anos 70 a 90, enquanto Dirty Honey e Arctic Monkeys são “influências mais recentes”. Afonso Juanico, contou ao JPN que a banda combina as “influências da personalidade de cada um nas músicas” que compõem.

A palavra ‘sossego’ não faz parte do dicionário dos Break Even. Com vários concertos agendados para o verão e “já a trabalhar em novas músicas originais”, o grupo mantém a ambição de “dar a conhecer os Break Even” a todos fãs, frisou o guitarrista. Para isso, planeiam “gravar, editar e partilhar” os novos temas, “não só em concertos”, mas também nas “redes sociais e todas as plataformas streaming, onde se pode ouvir músicas”.

“Os Break Even são a energia que deixámos naquele palco. Break Even é o que as pessoas sentem”, resumiu Juanico.

Cada membro do grupo concilia o projeto com os estudos ou a vida profissional. Rui Santos vive na Póvoa de Varzim e além de baixista é também mecânico industrial. Também da Póvoa, Rodrigo Ribeiro alia a bateria à formação em design gráfico. Afonso Juanico, é do Porto, e é guitarrista e estudante de arquitetura. O vocalista, Sérgio Maia, natural do Alentejo mas residente no Porto, trabalha como designer gráfico.

Neste caso, break even não é sinónimo de equilíbrio financeiro, mas sim “o ponto de equilíbrio que une a todos” e esse ponto, reforçou o vocalista, é a “música”. 

Atuar na Queima das Fitas do Porto era “um sonho” para os Break Even. Foto: Cláudia Campilho/JPN

Com vários elementos ainda a estudar, a Queima das Fitas ganha um significado especial para os Break Even. Para a banda, a semana académica representa “um bom momento para amizades, convívio, para ouvir boa música”, além de proporcionar “grandes momentos e oportunidades a todos nós, como este concerto”.

Para futuro, o objetivo do grupo é ir “crescendo e evoluindo aos bocadinhos”. Depois da queima, o olhar já está nos festivais nacionais – atuar no Alive ou ao Marés Vivas é um desejo da banda -, até conquistarem o palco num “festival internacional”.

Editado por Filipa Silva