Na primeira legislatura encabeçada por Luís Montenegro o Ensino Superior deixou de ter secretaria de Estado e ministério próprio, ao contrário do sucedido nas governações de António Costa. Até agora, a área que fica à tutela da catedrática Cláudia Sarrico, estava diretamente à responsabilidade do ministro da Educação, Fernando Alexandre.
Na última legislatura, o Ensino Superior ficou diretamente a cargo do ministro da Educação, Fernando Alexandre. Foto: Beatriz Veloso/JPN
Depois de não ter tido ministério próprio na última legislatura, como é habitual entre os governos sociais democratas, o Ensino Superior volta a ter uma secretaria de Estado a ele dedicada. Até então, esta área tinha estado diretamente sob a tutela do ministro da Educação, Fernando Alexandre, que se mantém no cargo.
A nova secretaria fica nas mãos de Cláudia Sarrico, professora catedrática da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. Recentemente, a docente tinha sido convidada para representar Portugal na Direção de Ciência, Tecnologia e Inovação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), durante dois anos.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação passa de três para quatro secretarias de Estado com a nova adição. A antiga diretora-geral Maria Luísa Oliveira, que entrou para o Governo anterior em fevereiro, continua à frente da secretaria de Estado da Administração Escolar.
Ana Paiva dá o lugar a Helena Canhão, até então a dirigir a NOVA Medical School, para assegurar os trabalhos da secretaria de Estado da Ciência e Inovação. Já foi também diretora da Unidade de Reumatologia da Unidade Local de Saúde de São José – Hospital Santo António dos Capuchos, em Lisboa, presidiu a Comissão de Ética para a Investigação Clínica e a Comissão de Ética da Ordem dos Médicos.
Ainda dentro deste ministério está Alexandre Homem Cristo, politólogo e especialista em educação, que permanece como secretário de Estado Adjunto e da Educação.
Antes da primeira legislatura de Luís Montenegro, nos governos de António Costa, o Ensino Superior e a Ciência tinha estado separado do Ministério da Educação, tendo sido criado um ministério autónomo, tutelado, primeiro pelo professor universitário Manuel Heitor e, depois, pela cientista e professora catedrática Elvira Fortunato.
O segundo Governo de Luís Montenegro (em dois anos) tomou posse esta quinta-feira e tem 16 ministérios (menos um que o anterior), com poucas alterações e com seis mulheres à frente deles. Os 43 secretários de Estado (dos quais 14 são mulheres e 13 são estreias) tomaram posse esta sexta-feira, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Editado por Filipa Silva
