Escocês e italiano absolvidos das acusações de doping. Fisioterapeuta da Cofidis punido com um ano de prisão.

O ciclista escocês David Millar e o italiano Massimiliano Lelli foram declarados inocentes pelo Tribunal de Nanterre (perto de Paris) no âmbito do processo de doping que envolve a sua antiga equipa, a Cofidis.

O fisioterapeuta polaco da equipa, Boguslaw Madejak, foi punido com um ano de prisão, com nove meses de pena suspensa. Mais sete pessoas, incluindo antigos e actuais corredores, receberam penas suspensas.

Os dois ciclistas foram absolvidos porque não ficou provado que as supostas infracções que lhes eram apontadas tivessem sido cometidas em território francês.

Os outros ciclistas processados, Philippe Gaumont, Mederic Clain, Robert Sassone, Marek Rutkiiewicz e Daniel Majewski, tal como o treinador Oleg Kollitine e o farmacêutico Pierre Ben Yamin, foram condenados a penas suspensas de entre três e seis meses de prisão.

O tribunal francês recusou ainda o argumento da Cofidis de que os atletas deviam pagar os danos da equipa, uma vez que ficou provada “a pressão aos ciclistas, que tinham de obter resultados ou corriam o risco de ver os seus contratos não serem renovados”.

O caso Cofidis teve origem numa investigação a Madejak depois de ter sido interceptada uma conversa entre o fisioterapeuta e os dois ciclistas polacos da equipa francesa. Consiste num sistema de dopagem organizado dentro da Cofidis, entre 2001 e 2004.

Ana Sofia Gonçalves
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Foto: SXC