Lipor, ESB e os cidadãos portuenses unem-se para melhorar ambiente do Grande Porto. Rui Sá acusa a Junta Metropolitana de inércia.

«Futuro Sustentável – Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto» é o nome do projecto que conta com a participação dos cidadãos. Este projecto resulta de uma parceria entre a LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto – e a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, com o objectivo de criar um Plano de Acção para proteger o ambiente e promover a sustentabilidade ao nível local e intermunicipal.

A ideia principal é fazer um check up ao ambiente da área metropolitana do Porto para, no futuro, avançar com soluções para os vários concelhos. Para o vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Porto e membro do Conselho de Administração da Lipor, Rui Sá, este é um projecto que cabe à Junta Metropolitana do Porto.

“Face ao facto da junta Metropolitana do Porto praticamente não fazer qualquer iniciativa de carácter metropolitano para além do próprio metro, foi a própria Lipor que fez esse plano estratégico do ambiente”, lamenta Rui Sá.

Um portal na Internet, concursos, conferências e painéis informativos são, algumas das iniciativas que servem de estratégia para sensibilizar a população para as questões ambientais.

A principal novidade está na formação dos Concelhos Municipais de Ambiente, onde “os organismos representativos da população são chamados a intervir e a propor políticas municipais”, esclarece o membro da Lipor.

Para chegar a todos os habitantes do Grande Porto, foi assinado um protocolo com uma dezena de jornais locais. Ao abrigo deste protocolo, o «Futuro Sustentável» vai passar a dispor de um espaço, nestes órgãos de comunicação, onde serão disponibilizadas informações sobre os municípios que fazem parte do projecto (Porto, Espinho, Gondomar, Matosinhos, Maia, Valongo, Vila do Conde e Póvoa do Varzim). Esta iniciativa vai permitir aos cidadãos manterem-se informados acerca das políticas e exprimirem as suas expectativas em relação ao Plano Estratégico.

Nesta primeira fase de sensibilização ambiental, o projecto conta ainda com o concurso «Pensar o Grande Porto», cujo objectivo é fomentar um espírito de cidadania activa das pessoas.

Por tudo isto, o director da ESB apresenta-se muito optimista quanto ao futuro deste projecto. “Todos os objectivos estão a ser cumpridos e penso que este projecto está a ser um exemplo para o país”, afirmou Xavier Malcata, ao jornal “Público”.