O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF(SCIFSEF) afirma que a medida é ilegal porque os serviços mínimos estão assegurados. Gonçalo Rodrigues explica que “os serviços mínimos foram acordados nos termos da lei com o próprio governo”, portanto “a requisição civil, a existir, é ilegal”. “O governo não pode dizer uma coisa e a seguir fazer outra”, acrescenta.

Gonçalo Rodrigues afirmou ao JornalismoPortoNet que caso o governo avance com esta medida, o sindicato vai responder com o recurso aos tribunais.

Uma das razões apontadas para fazer frente à greve dos trabalhadores prende-se com o facto de coincidir com o campeonato europeu de futebol. No entanto, Gonçalo Rodrigues afirma que o SCIFSEF já está “há dois anos com este governo a tentar resolver o assunto” e não houve qualquer evolução. Por isso não podia “deixar passar esta altura”, até porque “já foram desconvocadas algumas greves agendadas anteriormente”.

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De acordo com o presidente do sindicato, a greve dos trabalhadores do SEF não vai colocar em risco a segurança nacional. Para Gonçalo Rodrigues as implicações “têm apenas a ver com o cancelamento de voos e com a demora de entrada em Portugal”, portanto “têm a ver exclusivamente com prejuízos económicos”. O sindicalista admite que os prejuízos possam ser avultados mas garante que esta será a única consequência.

As paralisações do SEF estão agendadas para os dias 27 e 28 de Maio e 11, 12, 16 e 17 de Junho.

Andreia Parente

Foto: SEF