São centenas de “monstros domésticos”, electrodomésticos, móveis e outros objectos de grandes dimensões, que estão depositadas desde ontem, segunda-feira, na Praça D. João I, junto ao Teatro Rivoli. Por lá vão permanecer até sexta-feira. Esta é a segunda iniciativa da campanha “Porto Mais Limpo – Cidade Acolhedora”, que promete chamar a atenção dos portuenses com algumas das surpresas preparadas.

Em Abril tinham sido depositadas seis toneladas de lixo doméstico no mesmo local. “Fizemos a deposição do lixo como um sinal de alerta e mensagem explícita aos portuenses de que temos de ter mais cuidado com a forma como tratamos a nossa cidade”, explica António Barros do Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal do Porto (CMP) ao JPN.

“As ruas, jardins e terrenos baldios não podem ser depósitos de ‘monstros’ e trastes velhos”, adiantou ao “O Primeiro de Janeiro” o vereador do Ambiente, Rui Sá. Usando o próprio lixo, o Pelouro do Ambiente, pretende mudar a mentalidade de muitos portuenses que continuam a inundar a cidade com lixo.

CMP promove ecocentros

Rui Sá anunciou um conjunto de medidas para resolver o problema de higiene pública, apelando à população para que recorra gratuitamente aos ecocentros. Na cidade do Porto existem três: nas Antas, na Prelada e no Castelo do Queijo. Estão abertos de segunda a sábado das 10h00 às 20h00. Os cidadãos podem também ligar gratuitamente para a EcoLinha (800.205.744), através da qual é possível requisitar o serviço de recolha ao domicílio da CMP. O Pelouro do Ambiente diz que a resposta ao serviço é agora feita em 24 horas.

O vereador do Ambiente destacou uma proposta, a apresentar em reunião do Executivo camarário, ainda este mês, que prevê a gratuitidade do serviço de recolha ao domicílio dos chamados “monstros domésticos”. Rui Sá promete mais fiscalização nas ruas e coimas mais pesadas que podem ir dos 50 aos 250 euros.

Pedro Sales Dias