“Este ano vão ser entregues uns roteiros com algumas peças do museu, que representam diferentes culturas nas artes decorativas. O roteiro vai estar na entrada e as pessoas, se quiserem, poderão fazê-lo”, afirma Bárbara Taciano, técnica profissional de recepção e atendimento da Casa Museu Guerra Junqueiro. A técnica falava a propósito do Dia Internacional dos Museus, que se celebra hoje. Bárbara Taciano não tem as expectativas muito altas para o dia: “Geralmente temos sempre mais visitas do que o normal. Não é um número exorbitante, mas esperamos ter algumas visitas”.

A técnica afirma que “os estrangeiros normalmente sabem que é o Dia [Internacional dos Museus]”, mas “os portugueses desconhecem”.

Museu como espaço de convívio

“O museu é mais do que um espaço com obras de arte. É um espaço onde as pessoas podem estar, conversar e, se calhar, passar o tempo”, afirma Bárbara Taciano. Para a técnica, há pessoas que vão à Guerra Junqueiro “não só para ver as peças, porque já as viram muitas vezes, mas para conversar e passar o tempo”.

A Casa Museu Guerra Junqueiro fica situada no centro histórico do Porto, num edifício do século XVI, habitualmente atribuído a Nicolau Nasoni. Tem o duplo objectivo de celebrar a memória do escritor e expôr as colecções de arte que lhe pertenceram. Da exposição, fazem parte esculturas, cerâmicas, tapeçarias e peças de mobiliário e ouriversaria. No andar superior da casa, as peças estão expostas da mesma forma que estavam quando o escritor era vivo.

As colecções e o edifício foram doados à Câmara Municipal do Porto em 1940 pela viúva e filha de Guerra Junqueiro.

Texto e foto: Andreia Ferreira