Nos dias 25, 27 e 28 de abril, 14 jornalistas levam "A Noite" de José Saramago ao palco do Teatro Municipal Constantino Nery. Nesta adaptação, o enredo de Saramago é interrompido pelo boato de que "o jornalismo morreu" e lança-se o caos na redação. No dia da estreia, a peça começa à uma da manhã.
Máquinas de escrever, cigarros, muitas folhas e um télex compõem o cenário do palco do Teatro Constantino Nery. Um grupo de 14 jornalistas interpreta “A Noite” de José Saramago, peça que retrata a madrugada do 25 de Abril de 1974 na redação de um jornal.
A revolução entra pela redação adentro, alguns jornalistas festejam, outros apoiam o regime fascista a todo o custo. O enredo muda para o tempo presente, depois de surgir um boato: “o jornalismo morreu”. Enterram-se e desenterram-se jornalistas, outros tornam-se “zombies” obcecados em produzir conteúdo e cliques.
Um desfecho que José Saramago não teve como prever: o jornalismo a ser enterrado no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril. À uma da manhã do 25 de Abril, o jornalismo vai tremer.
O JPN falou com os dois encenadores, Jorge Figueira e Leonor Carretas, e com dois jornalistas, que são também atores na peça, Simão Freitas e João Gaspar.
Editado por Filipa Silva