A criação da Empresa Metropolitana de Mobilidade e Transportes do Porto recebeu luz verde por parte do Tribunal de Contas. A nova entidade ficará encarregue da marca de transporte público UNIR.
O Tribunal de Contas aprovou na terça-feira (23) a criação da Empresa Metropolitana de Mobilidade e Transportes do Porto. A Área Metropolitana do Porto (AMP) pode avançar com a constituição da sociedade da empresa. A nova entidade da AMP será responsável pelos transportes públicos na região metropolitana do Porto, anuncia a AMP em comunicado de imprensa.
Na mesma nota, lê-se que a decisão já foi comunicada aos presidentes dos municípios da Área Metropolitana do Porto pelo presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues.
“Esta aprovação é resultado do compromisso de melhoria contínua da mobilidade da AMP, um pilar fundamental no desenvolvimento económico e social do território, assim como de uma maior eficiência e transparência na administração dos recursos públicos destinados à mobilidade da região”, precisa o comunicado.
De acordo com um estudo económico que sustenta a criação de Transportes Metropolitanos do Porto, feito no ano passado e citado pela agência Lusa em dezembro, a nova empresa ficará encarregue da marca de transporte público UNIR.
Segundo o mesmo estudo, a empresa envolve um capital social de dois milhões de euros repartidos pelos 17 municípios da AMP e vai ter um quadro de pessoal de aproximadamente 60 colaboradores. A empresa também vai implicar a criação de um Conselho de Mobilidade Metropolitana e de um Conselho Consultivo das Tecnologias para a Mobilidade.
A Empresa Metropolitana de Mobilidade e Transportes do Porto deve ainda incorporar as valências dos Transportes Intermodais do Porto (TIP), responsáveis pela bilhética Andante (participado pela CP, Metro do Porto e STCP).
A criação da Empresa Metropolitana foi aprovada em novembro pelo Conselho Metropolitano do Porto. Nessa altura, votaram favoravelmente a proposta 14 dos 17 municípios que constituem a AMP. À saída, Eduardo Vítor Rodrigues considerou o documento “histórico”, depois de um processo que “decorria há cerca de um ano e meio, com muitos sobressaltos, muitas dúvidas e muita discussão”.
O autarca considerou ainda, nas declarações que produziu para os jornalistas, que foi “muito importante contar com os municípios menos bem servidos, mais da segunda periferia metropolitana, que, na verdade, têm uma rede de transportes frágil e que assumem a sua participação, mas foi também muito importante contar com municípios como Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo e Maia, que já estão servidos do ponto de vista de transportes a partir da âncora que é o STCP [Serviços de Transportes Coletivos do Porto] e, mesmo assim, aceitaram fazer este alargamento que é muito importante do ponto de vista do sistema de rede de transportes e da participação financeira”.
A proposta seguiu para obter o visto do Tribunal de Contas. A ‘luz verde’ chegou à AMP esta terça-feira.
Editado por Filipa Silva