No passado domingo saíram as colocações para mais um ano no ensino superior, que agora começa. Entre a ansiedade e muita expectativa, os ditos “caloiros” vão tomando consciência que a sua vida vai mudar.

No Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a felicidade era bem visível entre os novos alunos. Joana, residente no Porto, conseguira enfim entrar no curso de Medicina depois de ter ficado de fora o ano passado. “Dizem que à terceira é que é de vez, mas comigo foi à segunda. E ainda bem!”, afirma ao JPN.

Apesar de, em média, seis em cada 10 alunos colocados ter conseguido ficar na sua primeira opção, Carolina Pina, de Vila Nova de Gaia, não conseguiu entrar no curso de Anatomia do Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP). Acabou por ficar colocada na segunda opção: Biologia, na mesma escola. Um pouco desanimada, diz que não vai baixar os braços e pretende lutar por um lugar na segunda fase de colocações.

Feliz da vida está Miguel Barros, um estudante de Bragança que conseguiu um lugar em Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. “Tudo o que eu queria era bater as asas de lá de casa”, diz Miguel.

“É uma das muitas emoções que vamos sentir na vida. Uma nova etapa”, refere Carla Sousa, da Faculdade de Letras.

Encontrar alojamento não está a ser tarefa fácil para Miguel Barros. Aliás, de todos os estudantes do primeiro ano que não vivem no Porto contactados pelo JPN, poucos são os que encontraram facilmente alojamento, por ser demasiado caro ou demasiado longe das respectivas faculdades.

“Com o que se gasta [em alojamento] mais valia ficar em casa e ir e vir todos os dias”, ironiza Maria, de Vila Franca de Xira, que ingressou na Faculdade de Ciências.

Sara Fidalgo
Foto: FEUP