Cavaco Silva está disponível para debates a dois com todos os candidatos à presidência da Republica, avança hoje, segunda-feira, o jornal “Público”.
O ex-primeiro ministro entende que o frente-a-frente é a fórmula que melhor permite esclarecer as várias posições em confronto, ao invés de uma debate de todos contra todos, uma vez que as experiências recentes demonstram que os debates com vários candidatos são confusos e sem a dignidade que se espera para as eleições presidências.
A fórmula de debates defendida pelo ex-primeiro ministro não é recente. Uma fórmula idêntica foi utilizada nas eleições presidências de 1986, que na altura colocaram em lados distintos Freitas do Amaral, Mário Soares, Salgado Zenha e Maria de Lurdes Pintassilgo. Desta feita, se os adversários de Cavaco Silva aceitarem isso implicará a realização de dez debates a dois, numa primeira volta.
Debates com “elevação e dignidade”
Segundo a direcção da candidatura, citada pelo “Público”, a fórmula dos debates “exemplares” deverá assegurar a sua “elevação e dignidade” e a única condição colocada é que os quatro debates a dois para que se disponibiliza Cavaco Silva decorram antes do arranque formal da campanha eleitoral.
Nas duas semanas em que estará na rua, Cavaco Silva quer estar completamente disponível para o contacto com as populações. Esta condição indica que os debates tomarão lugar em Dezembro ou no início de Janeiro, uma vez que se prevê que as eleições se realizem em 15 ou 22 de Janeiro.
O ex-líder histórico do PSD participou em debates televisivos desde 1985, nas primeiras eleições que disputou e que o colocararam frente ao candidato do PS a primeiro-ministro, Almeida Santos, e em 1995 frente a Jorge Sampaio na corrida à Presidência da República. No entanto, em 1987 e 1991 Cavaco Silva recusou fazer debates.
Diogo Vasconcelos será mandatário para a Internet
O anterior responsável pela Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), Diogo Vasconcelos, será o mandatário para a informação digital da candidatura de Cavaco Silva, que se espera ter um “site”, que neste momento funciona a meio gás, e um blog.
A direcção da campanha irá dar especial atenção ao que pretende utilizar como um dos eixos fundamentais de comunicação, que permite a interacção directa com os eleitores e com os apoiantes.
“Apesar de não termos feito qualquer promoção, nas primeiras 24 horas em que o ‘site’ ficou disponível inscreveram-se 200 voluntários para colaborar na campanha”, referiu ao jornal “Público” um membro da direcção da candidatura, que acrescentou ainda que se vai aproveitar esse meio para promover a recolha de assinaturas.
