Vários incidentes marcaram o dia em que mais iraquianos vão às urnas para escolher o primeiro governo desde o início da invasão liderada pelos Estados Unidos, em 2003. Apesar disso, a BBC noticia que o escrutínio, que envolve 15,5 milhões de eleitores, decorre a bom ritmo e não foi interrompido.

Os eleitores farão a sua escolha entre as listas apresentadas por 307 “entidades políticas” e 19 coligações. É a terceira vez este ano que os iraquianos são chamados a votar, depois das eleições gerais de Janeiro e do referendo sobre a constituição de 15 de Outubro. As urnas fecham às 14h00 (hora de Lisboa).

É esperado que a participação seja maior que nas eleições de Janeiro, que os sunitas boicotaram. A minoria sunita deve votar neste escrutínio, com o objectivo de aumentar a sua representatividade no Parlamento. O presidente Jalal Talabani apelou aos iraquianos para fazer um dia de celebração.

Cerca de 150 mil soldados e polícias iraquianos patrulham o país, apoiados por forças norte-americanas. As fronteiras e os aeroportos foram fechados. O medo é justificado pelas ameaças de atentados feitas pela Al-Qaida no Iraque, de Abu Mussab Al-Zarqaui, que qualificou de “apóstatas” os que participarem na eleição de hoje.

Pedro Rios