No México, como na grande maioria dos países em vias de desenvolvimento, os problemas relacionados com o fornecimento de água e o saneamento básico são comuns. A situação piora no que diz respeito aos países do Terceiro Mundo.

Também em Portugal os problemas com o saneamento básico são uma realidade. Ao JPN, a investigadora na área da Oceanografia e membro da Liga para a Protecção da Natureza, Paula Chainho, afirma que “a recepção de águas residuais não tratadas continua a ser um grande problema” em Portugal. Para a investigadora, “estes problemas poderão ser facilmente resolvidos com a construção de estações de tratamento adequadas”.

É com muitas preocupações que arranca o IV Fórum Mundial da Água, que decorre na Cidade do México até ao dia 22, Dia Mundial da Água.

Um dos objectivos do evento é relançar a discussão em torno dos recursos hídricos e trazê-los de volta à agenda internacional.

As Nações Unidas procuram alertar os governantes mundiais para as questões relacionadas com a gestão e o consumo de água, tendo em conta um sombrio panorama.

Um dos pontos-chave dos Objectivos do Milénio das Nações Unidas é conseguir reduzir para metade o número de pessoas sem acesso a água potável até 2015.

Os números deste bem natural são esclarecedores.
Segundo o último relatório das Nações Unidas sobre a água, 1,4 biliões de seres humanos não têm acesso a água limpa.
A diarreia e a malária matam a cada ano 3,1 milhões de pessoas.
Metade delas poderia sobreviver se tivesse acesso a água e serviços de saneamento.
Todos os anos, os europeus e norte-americanos gastam para alimentar gatos e cães mais dinheiro do que o necessário para todos os seres humanos terem acesso a água potável.

Ricardo Bastos
Foto:SXC