Teve ontem lugar no auditório Ilídio Pinho da Universidade Católica a cerimónia de encerramento do festival Audiovisual Black & White, dedicado ao som e imagem a preto e branco.

O certame pautou-se por várias ausências notáveis, tanto entre os vencedores de prémios (na sua maior parte estrangeiros), como pelo mais mediático dos membros do júri, o jornalista e crítico de cinema Mário Augusto.

Entre os portugueses vencedores de prémios subiram ao palco do auditório da Católica Maurício D’Orey, premiado com o prémio do público para o melhor registo de áudio, com a reportagem “Corpo Perfeito, Corpo Desfeito”. A João Rei Lima foi atribuído o prémio do público para melhor registo em vídeo pela obra experimental “On a Magazine”.

A novidade da edição deste ano do Black & White foi a atribuição do prémio do IPJ, que contempla o melhor trabalho português em qualquer suporte. O vencedor foi António Campelo com a obra “Bipolar” que também recebeu o prémio para melhor vídeo de animação.

Os prémios de melhor vídeo de ficção, melhor documentário e melhor filme experimental foram atribuídos, respectivamente, a Stephan Brunner, da Áustria, ao bielorrusso Victo Asliuk, com “Black & White” e ao francês Piérre -Ives Cruaud, por “Traces”.

Já a competição pelos melhores registos áudio foi monopolizada pelos portugueses. Luís Lopes recebeu o galardão para o melhor registo áudio de ficção, com “A presa torna-se o predador”, Filipe Lopes foi premiado na área de melhor registo áudio experimental, por “Blackanddekker”, e “Em tons de Cinza”, de Nuno Felício, recebeu o prémio para melhor áudio-reportagem.

A também portuguesa Diana Sarmento recebeu o prémio FNAC para melhor fotografia com o trabalho “Em Brumas do Ser e do Estar”.

O festival Black & White entrou, segundo os organizadores, na maturidade, tendo este ano sido considerado o melhor das três edições.

André Sá
Foto:DR