O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) concorda com a generalidade das recomendações da OCDE mas considera que ficam, “muitas vezes, aquém das mudanças que são necessárias o sector”.

Em comunicado divulgado ontem após a reunião dos reitores das universidades públicas, em Coimbra, o CRUP mostra “preocupação” pelo facto de a OCDE “considerar absurda a proliferação de cursos e instituições a que se assistiu nos últimos anos” mas recomendar que a rede se mantenha “inalterada”.

Foi a primeira vez que o CRUP abordou publicamente a matéria, depois dos politécnicos e de personalidades como os reitores das universidades de Coimbra e do Porto.

A “criação de um conselho de orientação estratégica e de concertação de políticas intersectoriais sobre a directa dependência do primeiro-ministro”, a eliminação de “constrangimentos burocráticos e administrativos persistentes”, bem como “a clarificação das missões dos subsistemas universitário e politécnico” merecem o aplauso do CRUP.

O órgão sublinha ainda a necessidade de um maior investimento, já que “Portugal é um dos países da OCDE que menos investe no ensino superior”.

A “existência de dispositivos de acompanhamento dos estudantes e da avaliação pedagógica dos docentes” e ainda a “introdução de mudanças no estatuto de carreira docente” são outras recomendações da OCDE que merecem a concordância dos reitores.

JPN
Foto: Morguefile