Os EUA vão reforçar o contigente militar no Iraque. A notícia é avançada por vários meios de comunicação sociais norte-americanos, no dia em que os democratas ficam oficialmente com o controlo do Congresso.

A decisão está integrada na nova estratégia americana para diminuir a violência no Iraque e tentar resolver o conflito. Bush deverá anunciar os novos planos dentro dos próximos dias.

O discurso não tem ainda data marcada, de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, que não confirma o envio de mais soldados. Neste momento, estão no Iraque cerca 130 mil tropas americanas.

O número de soldados que serão destacados varia entre nove e quarenta mil. Segundo a CNN, o presidente vai anunciar a nova estratégia para a guerra no Iraque dentro de poucos dias e serão enviados cerca de 20 a 40 mil soldados.

Já segundo a CBS, Bush vai destacar 9 mil soldados. O “New York Times” anunciou que o presidente vai apresentar os planos para o Iraque na próxima semana.

Os jornais do grupo McClatchy – entre os quais o “Miami Herald”, o “Kansas City Star” e o “Sacramento Bee” – escrevem que Bush pretende enviar para o conflito três ou quatro brigadas de combate, o que corresponde a entre 15 e 20 mil homens.

De acordo com o “NY Times”, a nova estratégia de Bush pretende não só aumentar o contigente militar mas também lançar um plano para reforçar a economia do país.

Divergências entre democratas

A notícia do envio de mais militares para o Iraque surge alguns dias depois do Exército dos EUA ter anunciado que mais de três mil soldados americanos já morreram no conflito.

A Administração Bush já foi alvo de inúmerras críticas sobre a estratégia usada no conflito e a incapacidade de conseguir a vitória. Dentro do partido democrata existem divergências quanto à decisão de Bush de enviar mais soldados para o Iraque.

Para o senador democrata do Indiana, Evan Bahy, o aumento das tropas “pode levar a uma diminuição da violência temporária”. No entanto, segundo o senador, “o problema não será resolvido em Washington pelo presidente dos EUA; só poderá ser resolvido pelos iraquianos”.

Já o senador democrata do Arkansas, Mark Pryor, discorda completamente da decisão. “Não sou a favor disto, a não ser que o presidente consiga convencer-me”.

Alice Barcellos
ljcc05011 @ icicom.up.pt
Foto: Casa Branca