Este domingo os russos vão eleger o presidente. Ao que tudo indica, as eleições vão ser, somente, um voto de confiança em Putin.
De acordo com as últimas sondagens da Fundação para a Opinião Pública, se as eleições tivessem sido no passado fim de semana, o actual presidente russo teria vencido com 62,5% dos votos.
Se compararmos esta previsão com os resultados das eleições parlamentares, percebemos que esta percentagem não se faz só de eleitores do partido “Rússia Unida”. Em Putin deverão votar, dia 14, também eleitores de outros sectores políticos.
Nikolai Kharitonov (Partido Comunista), o adversário mais forte de Putin, de acordo com a sondagem, reune 6,8% dos votos. Irina Khakamada, da Direita liberal, e Serguei Galziev, o candidato da esquerda saído do PC, têm 2,9% dos votos cada um. Os candidatos Oleg Malishkin, do partido de Vladimir Jirinovski, e Serguei Mironov, presidente do Conselho da Federação, têm, respectivamente, 1,9% e 0,6% dos votos.
Ivan Ribkin, que atraiu a atenção de todos quando desapareceu (alegadamente raptado e presentemente em Londres ), acabou por se retirar da corrida às presidenciais.

Abstenção

A questão que se coloca, a poucos dias do escrutinio, a Vladimir Putin, assim como aos outros
candidatos, é a da afluência às urnas. Se a abstenção for superior a 50%, as eleições não serão válidas. A julgar pelas eleições parlamentares, que registaram uma afluência de 56%, a abstenção não deverá invalidar a votação, no próximo domingo.

Putin com o povo russo

Estas eleições são a confirmação do poder absoluto que Putin tem na Rússia. O Presidente e candidato não participou em debates nem fez promoção explícita mas garantiu visibilidade, durante a corrida eleitoral, com remodelações governamentais, ainda esta semana. Reduziu o número de ministérios e mudou os titulares de algumas pastas.

Ana Isabel Pereira
Fotos: www.kremlin.ru/eng