Os pontos-chave do programa Erasmus, numa altura em que a mobilidade entre estudantes do Ensino Superior cresce de ano para ano.

Apesar de amplamente difundido, o programa Erasmus continua a suscitar dúvidas. A verdade é que é apenas uma das partes que constituem o vasto programa de cooperação europeu de ensino – Sócrates II, depois de neste ter sido incorporado em 1995.

O reforço da dimensão europeia na educação passa também pelo programa de mobilidade dos estudantes do Ensino Superior, que continua e estende a acção geral sobre o ensino europeu comandada pelo programa Sócrates II, estabelecido em 1987.

O programa Erasmus, nomeado a partir do humanista e filósofo holandês Erasmo de Roterdão, tem como principais objectivos a promoção da cooperação e da mobilidade no domínio da educação, o incentivo à inovação pelo desenvolvimento de práticas pedagógicas e materiais didácticos e a promoção da melhoria qualitativa e quantitativa do conhecimento das línguas da UE, especialmente das menos utilizadas e ensinadas.

Pode envolver mobilidade estudantil e de professores, assim como o desenvolvimento de currículos e conteúdos, de acordo com o sistema de cooperação entre as diferentes instituições participantes. Para o verdadeiro interessado, o estudante Erasmus, além de beneficiar de uma experiência gratificante a nível académico e pessoal, que se traduz no contacto com novos métodos de trabalho, no aperfeiçoamento de uma língua estrangeira, num alargar de horizontes, e no conhecimento de outras culturas, adquire ainda um conjunto de mais valias profissionais que contribuirão para a construção de uma Europa cada vez mais unida na diversidade cultural, linguística e educacional.

A origem do programa retrata bem a sua principal vocação. O nome escolhido é, simultaneamente, um símbolo e um acrónimo. Porquê?
Por um lado, evoca a idade de ouro em que os estudantes e académicos se deslocavam entre os centros de estudo mais importantes da Europa, como o fez Desidério Erasmo, e, por outro, trata-se de uma abreviatura do título inglês do Programa – EuRopean Community Action Scheme for the Mobility of University Students.
Os resultados são esclarecedores e cada vez mais alunos aceitam o desafio de estudar fora do seu país.

Ricardo Bastos