A mostra que agora se encontra na sala de exposições temporárias do Museu dos Transportes e Comunicações, com inauguração marcada para as 21h30, foi o resultado do XXI Congresso Internacional de Arquitectos de Berlim em 2002. Ullrich Schwarz da Ordem Oficial dos Arquitectos de Hamburgo é o principal mentor da iniciativa.

Elizabeth Völpel, directora do Goethe Institut do Porto, instituição que colabora com o projecto, afirma que o reconhecimento da arquitectura portuguesa contribuiu para a vinda da exposição para o Porto. “A Faculdade de Arquitectura da UP é muito conhecida, por isso preferimos ter a exposição aqui e não em Lisboa”. Este evento faz parte da agenda da Semana Alemã do Porto.

“A arquitectura alemã não é uma arquitectura espectacular, é mais reservada e discreta”, diz Völpel. Centra-se nos utilizadores e na função dos edifícios que não são peças isoladas – fazem parte da cidade e da comunidade. A directora do Goethe Institut esclarece que esta atitude surge no seguimento do pós-guerra e da reunificação alemã.
Na opinião da organizadora, a exposição não é sobre uma forma de construir e sim uma forma de agir na sociedade. “A nova arquitectura alemã é uma consciência profunda e crítica da vivência quotidiana do Homem”.

Rem Koolhaas excluído

Na exposição estão representados 25 projectos arquitectónicos seleccionados por um jurí alemão e um jurí internacional que incidiu sobre arquitectos com gabinete na Alemanha. Critério que exclui um reconhecido nome da arquitectura alemã: Rem Koolhaas. As propostas apresentadas englobam, entre outros, uma sinagoga, uma colónia para idosos e um palácio dos desportos.

Adriana Almeida do Museu dos Transportes e Comunicações do Porto está optimista. “As nossas expectativas são as melhores possíveis”, disse, esclarecendo ainda que a arquitectura é sempre um tema interessante porque através dela “pode-se conhecer vários aspectos da cultura de um país”. A exposição está na Alfândega até 30 de Abril.

Sofia Pissarro