“A Casa da Música está extremamente mal implantada”. Mário Dorminsky, director do maior festival de cinema do país, refere que o polémico edifício da Boavista não é mais do que “a readaptação de um prédio de escritórios que tinha sido projectado pelo mesmo arquitecto”.

Após ter ouvido o presidente da Câmara do Porto admitir que a Casa da Música se pode transformar em ícone da Invicta dentro de dez anos, substituindo a Torre dos Clérigos, Dorminsky considerou essa hipótese pouco provável.
Apesar do homem-forte do “Fantas” considerar o edifício “interessante em termos estéticos”, não o vê como “nenhuma pérola da arquitecura” e condena o facto de não ter espaço para uma ópera ou para um concerto de uma grande orquestra, raro em Portugal.

Mário Dorminsky, embora seja mais conhecido pela sua relação com o cinema, estudou Arquitectura. Desde o início do mandato de Rui Rio que as relações entre o autarca e o director do Fantasporto têm passado por alguns maus momentos. É o próprio Dorminsky que põe a hipótese de ainda haver “algum ressentimento”.

Carlos Luís Ramalhão