A região do Douro quer fazer-se notar e vai entregar a José Sócrates um manifesto com propostas para desenvolver a região. Na cerimónia simbólica do passado sábado, várias individualidades ligadas ao Douro assinaram o manifesto que pretende sensibilizar, além do poder político, a opinião pública para as potencialidades da região.

Um dos principais mentores da iniciativa, o ex-secretário de Estado do PS Ricardo Magalhães, afirmou ao “Jornal de Notícias” que “o manifesto é um exemplo de cidadania (…) porque o desenvolvimento não é uma passadeira vermelha por onde se passeia calmamente.”

Ricardo Magalhães que é também técnico da Comissão para a Coordenação do Desenvolvimento Regional justifica o recurso a esta medida pela falta de intervenção dos sucessivos governos. Ainda em declarações ao Jornal de Notícias, Ricardo Magalhães adianta que a força do Douro se deve aos pequenos agricultores, aos proprietários e aos trabalhadores.

O papel da UTAD

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro (UTAD), um dos principais pólos educacionais da região, está ligada indirectamente ao projecto.

Um dos docentes, Artur Cristóvão, salienta que “este é um debate de ideias sobre a região.” Esclarece ainda que, “apesar de colocar o dedo na ferida, o objectivo principal é propor soluções.”

Artur Cristóvão acredita que a nomeação de um encarregado de missão com o apoio de uma estrutura técnica é “a ideia central do projecto.”

Acção conjunta das autarquias

Esta iniciativa pretende englobar os vários distritos do Vale do Douro, Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda. No entanto, a Câmara Municipal de Bragança, uma das capitais de distrito, por exemplo, não tem conhecimento do projecto, nem está a desenvolver qualquer tipo de parceria, como informou ao JPN fonte oficial.

Sofia Pissarro