As bolsas para os alunos a frequentar os cursos de reconversão profissional ainda estão por pagar, confirmou ao JPN o vice-reitor da Universidade de Aveiro, uma das universidades que recebe estes jovens. António Ferrari Almeida acredita, no entanto, que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) vai resolver a questão rapidamente. “O Ministério disse que ia resolver rapidamente a situação. Disse que este programa que foi criado em Setembro ou Outubro pela anterior ministra da Ciência e do Ensino Superior não tinha qualquer enquadramento orçamental e que o governo está a resolver isso”, afirma o vice-reitor.

A notícia da falta de pagamento das bolsas aos licenciados a frequentar os cursos de reconversão profissional foi avançada hoje pela Rádio Renascença (RR). Segundo a RR, os cerca de mil licenciados no desemprego que estão a frequentar estes cursos ainda não receberam a ajuda monetária prometida pelo anterior governo.

O JPN tentou obter reacções por parte do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas até agora não foi possível falar com o ministro Mariano Gago. O MCTES remete para o seu “site“, que diz que embora os estudantes tenham iniciado a sua formação em Outubro de 2004, os regulamentos necessários à candidatura das instituições aos financiamentos só foram publicadas em Março de 2005. O mesmo “site” anuncia que as candidaturas seriam apreciadas pela Unidade de Gestão do Programa Operacional no passado dia 15 de Abril, de modo a regularizar os pagamentos devidos.

Incerteza quanto às saídas profissionais

Além da falta dos apoios prometidos por parte do estado, a notícia da Rádio Renascença também dava conta de incertezas sobre as eventuais saídas profissionais dos cursos de renovação. O vice-reitor da Universidade de Aveiro (UA) diz que os jovens licenciados se candidataram a cursos que foram definidos pelo anterior ministro, como sendo “cursos de que o país tem necessidade”.

A UA é uma das universidades do país que aderiu a estes cursos de conversão. Desde Outubro que cerca de mil licenciados no desemprego estão a frequentá-los. Pagar as despesas de frequência foi a promessa do anterior governo, mas até agora os jovens licenciados não receberam um cêntimo. A iniciativa tem como objectivo tirar do desemprego milhares de licenciados, dando novas competências aos jovens em áreas com mais saídas profissionais.

Andreia Ferreira