José Mourinho perdeu pela primeira vez uma eliminatória das competições europeias. Em casa do adversário Liverpool, o Chelsea não conseguiu fazer o que não tinha conseguido na primeira mão da meia-final: marcar golos. Mas pior que isso, não conseguiu impedir o Liverpool de marcar, permitindo assim aos “reds” chegarem ao jogo decisivo da “Champions”, 20 anos após a última final disputada.

A equipa londrina sai assim da mais importante competição de clubes da UEFA, quando era apontada como grande candidata a vencer o troféu, e depois de ter garantido no passado fim-de-semana a conquista do campeonato inglês. No entanto, a vitória do Liverpool sofre alguma contestação. O golo marcado logo aos quatro minutos pelo espanhol Luís García é polémico, uma vez que não é totalmente visível se a bola ultrapassa completamente a linha de golo da baliza à guarda de Petr Cech. “Ninguém sabe se a bola entrou”, afirma José Mourinho, resumindo desta forma o sentimento de injustiça sentido pela equipa do Chelsea.

Apesar do incidente, os “blues” apenas se podem queixar de si próprios, já que, no conjunto das duas “mãos”, nunca foram capazes de ultrapassar o esquema defensivo montado por Rafa Benitez. E isso foi ainda mais visível quando após o golo marcado o Liverpool tentou segurar a vantagem defendendo com dez homens atrás da linha da bola, só conseguindo o Chelsea criar perigo a partir de lances de bola parada.

O Chelsea perde assim a oportunidade de, pela primeira vez na sua história, alcançar uma final da Liga dos Campeões e Mourinho de conseguir a proeza inédita de ganhar a competição em dois anos seguidos por clubes diferentes. O Liverpool espera agora para saber qual o adversário que terá de defrontar na final, o qual sairá do jogo desta noite entre PSV Eindhoven e AC Milan.

Daniel Brandão
Foto: UEFA