O mal estar por consumo de álcool e haxixe é a principal causa da assistência médica na Queima do Porto.

O apoio médico da Queima das Fitas atendeu este ano cerca de 770 pessoas, revela o relatório médico final apresentado pela FAP. No entanto, a afluência foi maior nos últimos três dias, “em que se verificou uma maior assistência a elementos não pertencentes ao ensino superior”, segundo o mesmo texto.

A principal causa dos cuidados prestados foram os vómitos e enjoos, sobretudo devido ao consumo de álcool e também de haxixe. O etilismo (estado alcoólico em que já é necessário administrar soro), “que no início da semana correspondia a um número escasso de assistências, passou a ser a segunda maior causa de prestação de cuidados nos últimos três dias”, divulga o relatório.

Foram assistidas 350 pessoas por intoxicação etílica, das quais 30 necessitaram de transferência hospitalar. Porém, “foi notório que este ano as pessoas conseguiram beber com maior moderação. Contudo observou-se uma subida no consumo de substâncias ilícitas”, revelam as conclusões da assistência médica na Queima 2005.

Os restantes motivos que levaram à procura de cuidados de saúde tanto no Queimódromo como durante a celebração da benção das pastas e cortejo, foram dores de cabeça, luxações, crises de ansiedade e histerismo, hipotensão/lipotímia, escoriações, entorses e traumatismos. Para além do etilismo, foram ainda conduzidas para o hospital 18 pessoas por traumatismo.

Contudo, segundo o relatório sobre o apoio médico, “ao nível de necessidades de transferências para o meio hospitalar, notou-se uma redução de 50% em relação ao ano anterior, o que demonstra maior eficácia no atendimento este ano”.

Milene Marques