Mais de 95% dos alunos da FEUP têm emprego garantido. “Mesmo em situação de contraciclo económico, um aluno da FEUP não tem dificuldade em arranjar trabalho”. O director da faculdade, Veiga da Costa, adianta o número com satisfação e explica o segredo para esta “utópica” taxa de empregabilidade. “Uma formação equilibrada e não quadrada”, argumenta Veiga da Costa, que não raras vezes frisou que “o objectivo desta casa é fazer mais e melhor, melhor, melhor”.

“Não se faz do dia para a noite”, diz. A FEUP orgulha-se de uma “formação equilibrada”, que começa mesmo antes das aulas. Um aluno recém-chegado do secundário têm um mês e meio de adaptação. Numa segunda fase, o aluno aprende a estudar no ensino superior já que “há métodos de estudo que antes funcionavam, mas agora dificilmente serão vantajosos”, como explica Veiga da Costa.

“Estamos no pelotão da frente do ensino da engenharia”

“Nem só de aulas se faz o ensino superior”, afirma o director. A FEUP não só actua na formação dos seus alunos, mas também tem uma vertente social, de apoio à comunidade. Estas “actividades por extensão”, como lhes chama o director da faculdade, são um ponto essencial: os trabalhos de investigação e o desenvolvimento de projectos pioneiros, levados a cabo por alunos da casa, são várias vezes motivo de notícia.

“Já discutimos Bolonha desde 1999”

A faculdade começou em 1999 a discutir o processo de Bolonha. Segundo o director, em 2001, a FEUP teria já um modelo preparado, com as alterações previstas. “Desde 2001 que temos vindo a mudar, paulatinamente, até porque não receamos a mudança”, afirma o director. “Em 2010 espera-se que 90% das alterações estejam implementadas”, conclui.

Os problemas

No que toca aos problemas da faculdade, o director da FEUP é peremptório: “A instituição não tem problemas de raiz, mas sim problemas de melhoria contínua”. As preocupações principais do director estão na continuidade da qualidade e na exigência da adaptação às novas tecnologias: “Queremos ser cada vez melhores. Este é o nosso valor fundamental”, afirma Veiga da Costa.

“Tentamos manter os ‘curricula’ adaptados às necessidades previsíveis do mercado, proporcionamos boas condições de estudo e actualizamos o formato pedagógico de modo a garantir o sucesso”, diz. Neste sentido, a FEUP disponibiliza permanentemente aos futuros engenheiros 600 computadores e 25 salas de estudo, além de outras infra-estruturas. Veiga da Costa salienta ainda que, desde 1994, a FEUP faz formação pedagógica de docentes.

No final do seu curso, o aluno que sai da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, demora em média, um mês e meio para arranjar trabalho, diz o director.

Agostinha Garcês de Almeida